A Procuradoria-Geral da República recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) da decisão do ministro Edson Fachin de anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Operação Lava Jato.
Com as anulações, Lula recuperou os direitos políticos e um novo julgamento será feito na Justiça Federal do Distrito Federal. Isso porque Fachin considerou a Justiça de Curitiba incompetente para julgar Lula em razão da falta de ligações dos casos do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia com os esquemas de corrupção na Petrobras.
A defesa do ex-presidente Lula alega isso desde 2016, antes das sentenças.
Agora, com o recurso da PGR, Fachin deve liberar o caso para julgamento. Na etapa seguinte, o presidente do Supremo, Luiz Fux, define quando os 11 integrantes da Corte analisam sobre o tema.
Nos bastidores, a cúpula da PGR considera difícil o plenário do STF reverter a decisão de Fachin.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, é um dos principais aliados de bastidores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Aras pleiteia inclusive a indicação do presidente para uma STF que será aberta em julho com a aposentadoria do ministro decano da Corte, Marco Aurélio Mello.