Morte de adolescente não foi causada por vacina Pfizer

Mário Flávio - 18.09.2021 às 10:46h

Do Poder 360

A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo afirmou que análises técnicas indicam que a vacina contra a covid-19 não é a “causa provável” de morte de uma adolescente em São Bernardo do Campo. Os resultados da análise serão enviados à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Eis a íntegra da nota (23 KB) divulgada nesta 6ª feira (17.set.2021) pela secretaria.

A Anvisa está investigando o caso como uma possível reação adversa grave à vacina da Pfizer, imunizante que a jovem recebeu 7 dias antes de morrer. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, a investigação da Anvisa ainda não terminou.

A jovem de 16 anos foi diagnosticada com a doença autoimune “Púrpura Trombótica Trombocitopênica”. Essa seria a causa provável de morte da adolescente, segundo a secretaria paulista. O órgão diz que a doença é rara, grave e normalmente sem uma causa conhecida capaz de desencadeá-la. “Não há como atribuir relação causal entre [a doença] e a vacina”, afirmou.

A análise foi feita por 70 profissionais reunidos pela Coordenadoria de Controle de Doenças e do Centro de Vigilância Epidemiológica.

“As vacinas em uso no país são seguras, mas eventos adversos pós-vacinação podem acontecer”, afirma o infectologista Eder Gatti, que coordenou a investigação em São Paulo. Ele diz que eventos adversos “precisam ser cuidadosamente avaliados”, mas na maioria das vezes são só coincidências, sem relação causal com a vacinação.

A vacina da Pfizer é a única autorizada para adolescentes no Brasil. Também tem aprovação para uso a partir de 12 anos na União Europeia, Estados Unidos, Canadá e Austrália.