
Uma postagem da vereadora Perpétua Dantas nas redes sociais chamou atenção. Ela republicou uma reportagem que sofria violência de gênero devido as posições políticas na Casa. O fato me chamou atenção, já que as outras três vereadoras: Aline Nascimento, Kátia das Rendeiras e Mery da Saúde não fazem a mesma queixa.
Professora e líder do movimento feminista em Caruaru, Perpétua precisa entender que a ida dela para o bloco de oposição tem os bônus e ônus e isso vai além da teoria acadêmica. Questões políticas são debatidas no parlamento e derrotas e vitórias são normais no jogo democrático.
Por exemplo, a prefeita Raquel Lyra sofreu fragorosa derrota recentemente na Casa e com votos da base do governo. Foi uma decisão política de 11 parlamentares e Raquel não foi as redes sociais dizer que sofre violência de gênero.
O próprio presidente da Câmara, Bruno Lambreta, na sessão da última quinta tocou no assunto e negou qualquer tentativa nesse sentido. As emendas propostas por Perpétua e derrotadas na Câmara por maioria de votos fazem parte da liberdade dos vereadores. Eles decidem se votam a favor ou contra, por mais que as pautas possam ser boas, na visão da autora, o parlamento decide como votar.
Perpétua é uma boa vereadora, tem oratória, defende pautas justas, mas não cola tentar atrelar as negativas de suas proposituras à violência de gênero, é uma questão política e fim de papo.