Durante discurso nesta terça-feira (21) na Câmara Municipal de Caruaru, o presidente da Casa, Lícius Cavalcanti (PCdoB), criticou o envio do projeto da criação do Conselho do Orçamento Participativo, que discutirá sua implantação na cidade. Segundo o comunista, não há tempo suficiente para criar uma comissão adequada faltando pouco mais de um mês para as eleições municipais. O discurso dele foi sustentado por vereadores da oposição.

“Eu proponho a retirada do projeto, pois se trata de algo muito importante para Caruaru, mas não pode ser aprovado apressadamente e sua discussão não pode ser politizada, às vésperas da eleição. Estamos há pouco mais de um mês das eleições e esse projeto deve ser analisado de forma técnico-administrativa. Eu li o projeto e creio que é necessária uma nova análise da prefeitura, mas é uma opinião minha, se a Comissão de Leis considerar sue o projeto cumpre as exigências adequadas, vamos cumprir os procedimentos pata votar o Orçamento Participativo”, criticou.

Já o vereador Diogo Cantarelli (PSDB), vice na chapa de Miriam Lacerda (DEM), afirmou que o envio do projeto é uma ação política. “O planejamento para o Orçamento Participativo deveria ser definido com antecedência, dialogando com a população em cada bairro, mas a prefeitura começou a fazer isso só agora, às vésperas das eleições, mil dias depois de ter sido lançado. A implantação desse projeto não deve ser usada como ação de promoção política”, argumentou. O vereador Louro do Juá (DEM), foi mais contundente nas críticas: “o prefeito não vai enganar o povo usando a bandeira do orçamento como ação de campanha, o povo está observando isso, pois é algo que começa a se refletir nas pesquisas”.

No entanto, os vereadores da base refutaram essas afirmações e disseram que se trata de discussão miúda, como afirmou o líder da base, Adolfo José. “Discutir se o projeto veio em cima da hora ou seja em período eleitoral é algo muito menor do que debater o futuro de Caruaru”, citou. Já Zé Ailton (PDT), defendeu que não importa o período de envio do projeto, já que deve entrar em vigor ainda abo que vem. “Seria um imbecil alguém sue saísse nas ruas dizendo que está fazendo o Orçamento, já que ele só entrará em vigor em 2013”, rebateu. No entanto, é preciso ressaltar que, quando aprovado, o Conselho Participativo entrará em vigor a partir da data de publicação.

Em paralelo a essa discussão, a prefeitura já começou a realizar as plenárias para definir as prioridades do Orçamento Participativo e já divulgou o calendário de reuniões por grupos temáticos.