Natural de Salgueiro, João Arnaldo volta a cidade como candidato a governador

Mário Flávio - 18.09.2022 às 16:37h

No roteiro que o candidato a governador de Pernambuco João Arnaldo (PSOL) traçou este fim de semana pelo Sertão do Pajeú, uma parada já estava planejada: na cidade de Salgueiro, onde nasceu e viveu até os 14 anos, quando sua mãe o inscreveu na Casa de Estudante de Pernambuco. Naquela altura, o pai já tinha falecido em um acidente de carro, e a família enfrentava as dificuldades naturais dessa perda.

A oportunidade enxergada por de mandar o filho para a capital, foi o que possibilitou João Arnaldo se manter no Recife, com três refeições diárias garantidas, enquanto estudava em busca de um futuro melhor.

Assim, ele pode completar os estudos e formar-se advogado. Após essa trajetória, ele retorna hoje à cidade natal na condição de candidato a governador de Pernambuco.

“A minha gratidão não tem tamanho, minha alegria de estar aqui hoje. Não tem coisa mais revigorante do que chegar aqui em Salgueiro, ver a recepção que prepararam com tanto carinho, e ver essa força dos companheiros amigos que organizaram esse evento”, agradeceu João Arnaldo.

Na agenda, o candidato estava acompanhado da candidata à vice-governadora, Alice Gabino.

Uma das falas mais enfáticas de João no encontro com seus conterrâneos foi sobre o potencial da região e o protagonismo que ocupa em seu plano de governo:
“O PSOL é um partido que fala muito forte sobre acolher a população da periferia, das favelas, das comunidades que são esquecidas pelas políticas públicas. E o interior de Pernambuco é a grande periferia da política do estado. É onde chegam por último. Quando chegam aqui (no Sertão), já chegou em todo canto. Quando chegou em algum canto, ainda não chegou aqui. Até o que a gente conquista com muita luta, eles conseguem tomar: por abandono ou por esquecimento, esquecimento esse que não é por acaso. Por exemplo: Salgueiro continuar tendo falta de abastecimento de água depois de ter tido uma adutora há 40 anos. Outro exemplo é não vermos investimento em geração de emprego e renda especialmente para pequenos empreendimentos porque não tem uma agência estadual voltada pra isso, ou um Banco Popular para prover crédito para quem mais precisa. Ao mesmo tempo o estado libera isenção fiscal para Atacarejo (hiper mercados com capacidade de atacado).”

Foto: Ricardo Labastier