O plenário do Congresso do Peru destituiu Pedro Castillo e declarou a presidência do país vaga. Dina Boluarte, a vice-presidente, é a primeira na linha de sucessão e deverá tomar posse às 17h. Ela já afirmou que a ordem de Castillo era inconstitucional.

Pedro Castillo foi destituído com 101 votos a favor da medida, eram necessários 87 para derrubar o presidente. Houve seis votos contra e dez abstenções.

A vice-presidente Dina Boluarte já estava rompida com Pedro Castillo e se pronunciou em uma rede social. Ela afirmou que rechaça a decisão do ex-aliado de “perpetrar a quebra da ordem constitucional com o fechamento do Congresso”. “Trata-se de um golpe de Estado que agrava a crise política e institucional que a sociedade peruana terá que superar seguindo as leis”, disse.

Mais cedo, ainda como presidente do Peru, Pedro Castillo, instituiu um governo de exceção no país, anunciou a dissolução do Parlamento e a convocação de novas eleições.
Ele respondia ao terceiro processo de impeachment em um ano e meio de poder, declarou o estado de emergência e impôs um toque de recolher em todo o país horas antes do julgamento do impeachment.

Mesmo com o anúncio da dissolução do Congresso, os deputados decidiram votar o impeachment.

A Corte Constitucional (Suprema Corte) do Peru chamou o ato de golpe de Estado e pediu que a vice-presidente do país, Dina Boluarte, assuma a presidência – há algumas semanas, Boluarte rompeu com Castillo.

O Peru tem uma das crises políticas mais conturbadas nos últimos anos na América Latina.