As surpresas na eleição desse ano não pararam no post anterior. A reeleição de alguns vereadores não foi possível e todos com um bom trabalho realizado na Casa Jornalista José Carlos Florêncio. O principal que podemos citar aqui é o atual presidente da Câmara, Lícius Cavalcanti (PCdoB). Desde o início de 2011 que o comunista ganhou os holofotes da mídia e após uma dura negociação foi eleito presidente da Câmara.
De lá para cá, houve o desgaste de relação entre o comunista e o prefeito Zé Queiroz (PDT). Os dois não se entenderam e Lícius fez de tudo para sair candidato a prefeito. No entanto teve a candidatura rifada pelo PCdoB e Lícius anunciou apoio a Queiroz. Mas após a decisão de João Lyra em não subir no palanque do pedetista, Lícius seguiu a orientação do vice-governador e após muita pela com os filiados ao partido, decidiu emitir uma nota semelhante e não subiu no palanque de Zé.
A celeuma seguiu com o início do guia, quando o comunista se negou a pedir votos para Queiroz e ficou alguns dias sem aparecer no programa eleitoral. Alguns analistas atribuem esse comportamento confuso junto ao Executivo para explicar o insucesso, já que Lícius faz uma boa gestão na Câmara. A invasão de outros candidatos na Vila Kennedy, bairro em que Lícius mora, também influenciou.
Bruno Lambreta e Alecrim entraram num chapão dificílimo e como previ no blog, algum candidato do PSD poderia ficar de fora. Alecrim ficou na primeira suplência e devido ao forte trabalho social, pode permanecer na Câmara, já que o prefeito Zé Queiroz pode convocar algum vereador eleito para ocupar uma secretaria, com isso, o mesmo pode se manter na Casa Legislativa.
Bruno Lambreta teve um adversário no Bairro do Centenário que foi crucial para ele perder a eleição. O candidato Nino do Rap, que obteve mais de 1400 votos, a maioria na área do Bairro do Centenário, principal reduto de Bruno. Pela fidelidade a Queiroz, Bruno vai fazer parte do governo. Desde a eleição de 1986 é a primeira legislatura que a família fica sem um mandato na Câmara. Em relação a Zé Carlos do Sindicato, ele pouco aumentou a votação e ficou muito distante de Ricardo Liberato, que obteve mais de três mil votos. O futuro dele ainda é uma incógnita, já que ele foi fundamental na eleição de Lícius para a Mesa Diretora, a contra gosto de Zé Queiroz.