O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, irá afirmar que vendeu nos Estados Unidos as joias recebidas pelo ex-presidente e repassou a ele os valores obtidos com a negociação em dinheiro. As informações são do Poder360.
A informação é do advogado de Cid, Cezar Bitencourt. Ele falou à revista Veja.
Segundo Bitencourt, Cid dirá à Justiça que toda a movimentação em torno das joias e presentes de delegações estrangeiras foi feita sob ordens de Bolsonaro. Ele afirmará também, de acordo com o advogado, que o ex-mandatário sabia das irregularidades das transações.
A Polícia Federal investiga a venda de 2 relógios de luxo, um da marca Rolex e outro da marca Patek Philippe. As duas peças teriam sido vendidas em uma loja no Estado norte-americano da Pensilvânia por US$ 68.000.
Um dos relógios, o da marca Rolex, foi readquirido nos EUA por Frederick Wassef, advogado dos Bolsonaros. Ele disse ter comprado a peça para “cumprir decisão do TCU” e negou que tivesse agido a pedido de Cid ou do ex-presidente.
Wassef foi alvo de operação da PF na noite de 4ª feira (16.ago).
A reportagem da Veja também diz que:
partiu de Cid a ideia de usar uma conta bancária em nome de seu pai, Mauro Lourena Cid, para receber os pagamentos pela venda das peças nos EUA;
Mauro Lourena Cid resistiu à ideia no início, mas concordou em emprestar a conta para evitar que o filho viajasse ao Brasil com o dinheiro em espécie;
os 2 falaram sobre aproveitar a ida de Bolsonaro a Miami em dezembro de 2022 para entregar parte do valor da venda dos presentes.
Cezar Bitencourt ingressou na defesa de Cid depois que o advogado Bernardo Fenelon deixou o caso. Ele alegou “questões íntimas”. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro está preso desde maio de 2023.
