PF indicia Bolsonaro e militares por suposto plano para assassinar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes

Mário Flávio - 21.11.2024 às 18:30h

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e vários militares por envolvimento em um suposto plano para atentar contra a vida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A investigação, que trouxe à tona um cenário de conspiração e violência política, tem como base depoimentos, interceptações telefônicas e troca de mensagens de envolvidos.

De acordo com o relatório da PF, o plano teria sido discutido durante o período eleitoral e nos meses seguintes à posse de Lula, em 2023. Além de Bolsonaro, a “penca” de indiciados inclui oficiais da ativa e da reserva, levantando questões sobre o envolvimento de membros das Forças Armadas em atos antidemocráticos.

Os indiciamentos foram feitos com base em crimes como associação criminosa, planejamento de homicídio qualificado e atentado contra a ordem democrática. A investigação aponta que havia um grupo articulado que discutia estratégias para desestabilizar o governo e eliminar figuras-chave do poder público.

A gravidade das acusações é inédita na história política recente do Brasil e reforça a polarização no cenário nacional. As defesas dos indiciados negam as acusações e afirmam que as provas apresentadas pela PF carecem de consistência.

O caso agora será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), que decidirá sobre a denúncia à Justiça. Enquanto isso, cresce a pressão política e institucional para que as responsabilidades sejam apuradas com rigor e transparência.