Enquanto a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA vigiava alvos no governo Dilma Rousseff, o Brasil exonerava um agente de seu serviço de espionagem, suspeito de passar segredos para a Agência Central de Inteligência (CIA). O analista 008997 da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), um alto funcionário do órgão que chefiara a subunidade da agência em Foz do Iguaçu, teria sido cooptado por um agente americano, abrigado sob o manto de um posto diplomático na Embaixada dos EUA em Brasília. Os EUA buscavam dados sobre a atuação nacional na Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai) e a respeito de informantes do governo brasileiro na região. O caso foi abafado na
Abin, que não abriu processo administrativo contra o servidor para evitar desgaste do órgão. Há temor de que o espião americano possa ter obtido lista com informantes infiltrados na comunidade árabe da Tríplice Fronteira. A reportagem é do Estado de São Paulo.