Desde o dia 31 de janeiro de 2012 que a educação municipal é um campo de batalha em Caruaru. De um lado estão os professores que não aceitam a aprovação de um polêmico PCC, que segundo eles, tirou vários diretos dos docentes. Do outro a prefeitura que tenta a todo custo mostrar outra realidade. Com o passar dos anos a situação dos professores chamou atenção para uma situação caótica na rede municipal. Faz três anos que os alunos estão sem o fardamento, uma das bandeiras do prefeito José Queiroz no início do terceiro mandato. A distribuição do leite foi cortada em vários aspectos e prejudica também ao desenvolvimento dos alunos.
A estrutura de algumas unidades escolares é de dar pena. Alunos estudam em anexos que não têm a mínima condição de funcionamento. Escolas como a do Alto do Moura, por exemplo, tem córrego de esgoto dentro da unidade. Na semana passada, a unidade da Vila de Peladas teve aulas terminando às 10h por falta de água. As crianças seguem desmotivadas e pais desesperados. Nessa mesma semana uma reportagem sobre creches chamou atenção.
Obras estão paradas e a promotora da Infância e Juvetude, Sílvia Amélia, garantiu que a prefeitura descumpre uma ordem judicial e fica por isso mesmo. O mais sério foi a fala do secretário de Educação, Antônio Fernando, que o município não sabe como iria bancar os futuros funcionários dessas creches.
Até o cursinho popular serve de modelo de crítica. Os professores reclamam dos valores pagos por hora aula, com alguns casos os docentes recebendo três vezes mais do que aqueles que estão na labuta diária. A contratação desses profissionais que lecionam no cursinho também é alvo de reclamação, já que o critério é indicação pela coordenação do cursinho.
Com tantos problemas, fica difícil pensar que a educação é prioridade. Não é! A realidade é que a situação atual lembra uma das musicas eternizadas na voz de Jackson do Pandeiro, vamos de pior a pior.