Edilson Silva ironiza “honestidade” dos deputados do PP

Mário Flávio - 19.04.2016 às 07:20h

Edilson-Silva-foto-João-Bita-Alepe

O deputado Edilson Silva (PSOL) ironizou hoje (18) o apoio do PP (Partido Progressista) ao processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff lembrando que o partido tem mais de 20 políticos investigados pela Operação Lava Jato e não tem nenhuma autoridade para falar em combate à corrupção.

“Faço uma crítica especial ao Partido Progressista. É um partido absolutamente sem moral para dar um voto em nome do Brasil, em nome da moralidade pública”, disse o representante do PSOL.

Único representante do PP na bancada de Pernambuco, o deputado Eduardo da Fonte era dado como voto certo em favor de Dilma até a véspera da votação. No dia seguinte mudou de idéia e levou o filho, Luiz Eduardo, para anunciar seu voto em favor do impeachment.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, interveio de pronto e não permitiu que o garoto votasse em lugar do pai.

Para Edilson Silva, foi uma sessão em que ilustres torturadores foram homenageados (pelo deputado Jair Bolsonaro) e serviu para jogar luz em nossa tese de que existia um golpe em curso. O que existiu ontem, e os discursos dos parlamentares não deixaram dúvidas, não foram avaliações sobre crime de responsabilidade cometidos pela presidente. Foram atos de vingança, balanços políticos, avaliações de parlamentares que não estavam recebendo por parte do governo a parte que eles achavam que lhes cabia. Um show de horrores! E tudo isso aconteceu sob a orquestração de um gangster”, disse o representante do PSOL.

O representante do PSOL criticou ainda a postura do PP, do deputado Eduardo da Fonte. “Faço uma crítica em especial ao Partido Progressista, o PP. É um partido absolutamente sem moral para dar um voto em nome do Brasil, em nome da moralidade, contra a corrupção. O partido mais elameado na operação Lava Jato. Reafirmo aqui todos os valores defendidos pela bancada federal do PSOL, absolutamente todos ”, destacou o parlamentar. Ao final, o deputado foi aparteado pela deputada Teresa Leitão (PT) e o líder da oposição, Silvio Costa Filho (PRB).