O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente afastado da Câmara Federal, deu coletiva de imprensa num hotel de Brasília, nesta terça-feira, para fazer duas afirmações: nem renunciará ao mandato (como defendem alguns dos seus discípulos) nem tampouco pretende fazer delação premiada.

“Não renunciarei e não tenho o que delatar. Não cometi qualquer crime”, disse o parlamentar. A entrevista foi no Hotel Nacional. Ele considerou natural o surgimento de rumores de que pretendia renunciar ao mandato porque se encontra afastado do cargo há mais de 30 dias.

“É natural, depois de ficar tanto tempo sem falar, acabar alimentando esta boataria”, acrescentou. Cunha, antes de começar a responder às perguntas dos jornalistas, levou cerca de 1 hora dando explicações sobre o seu processo, bem como sobre a iniciativa de abrir o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

Disse ele: “Não sou nem herói nem vilão no processo de impeachment. Apenas cumpri meu papel. Tenho a consciência tranquila de que livrar o Brasil da presidente Dilma Rousseff e do PT será uma marca que terei orgulho de carregar”.

Sobre as versões de que pretendia renunciar, declarou: “Como vocês viram, eu não renunciei. Além disso, não tenho o que delatar. Não tenho crime praticado, não tenho o que delatar. Estou aqui, toda a boataria foi feita por vocês (jornalistas). A minha posição não mudou uma vírgula sobre isso”.