A movimentação na Frente Popular

Mário Flávio - 28.09.2015 às 10:30h

Por Márcio Didier
Da Coluna Folha Política

A redução do prazo de filiação para quem pretende disputar as eleições de 2016, de um ano para seis meses, prevista na reforma política aprovada no Congresso Nacional e que deve ser acatada pela presidente Dilma Rousseff, vai protelar por 180 dias a disputa surda que ocorre entre três dos principais partidos da Frente Popular. Enquanto o PSB trabalha para inflar a sigla e atingir um número de 70 ou 80 prefeitos, o PMDB tenta recompor a força que teve durante o governo de Jarbas Vasconcelos.

Já o PSDB, partido mais identificado como anti-Dilma, vem atraindo quadros com a sua postura em relação ao Governo Federal. A musculatura que cada um deles vem obtendo é diretamente proporcional aos problemas de composição nos principais municípios do Estado. Mexer uma peça errada no Recife pode representar um problema em Olinda. Um lance equivocado no Cabo, o problema estoura em Jaboatão. E com o prazo de filiação reduzido, essa tensão que já ocorre hoje será protelada por mais seis meses, o que vai exigir um arsenal grande de jogadas e maestria para fazê-las com precisão, para não levar um revés.

Apesar de integrarem a Frete Popular, PSB, PSDB e PMDB podem se enfrentar em vários municípios

PSB do B
Em 2013, o PSB serviu de abrigo para os integrantes do então movimento Rede Sustentabilidade. A retribuição pode vir agora. Com múltiplas candidaturas em muitas cidades, o PSB pode canalizar para a Rede alguns pré-candidatos. Os deputados Lucas Ramos e Raquel Lyra podem se encaixar nessa “permuta”.