O senador José Agripino (RN) continua à frente do Partido Democratas, mesmo após o ministro Luís Roberto Barroso (STF) ter determinado a quebra dos seus sigilo bancário e fiscal para investigar sua suposta participação no esquema de recebimento de propina durante a construção da Arena das Dunas, em Natal.
Agripino sempre se comportou no Senado como “paladino da ética” e costumava exaltar que seu partido excluiu dos seus quadros na primeira hora políticos que foram acusados de desvios éticos, entre eles o ex-governador de Brasília, José Roberto Arruda e o ex-senador Demóstenes Torres (GO).
Também teve os sigilos quebrados o deputado federal Felipe Maia (DEM-RN), filho do senador.
Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a propina teria saído dos cofres da OAS durante a construção do estádio da Copa, em 2014.
“Diante da complexidade e do vulto das operações financeiras verificadas no caso, bem como em face da possibilidade de a situação, ao apresentar interesse do ponto de vista tributário, revela-se conveniente que se autorize o compartilhamento dos dados bancários com a Receita Federal, para que auxilie na investigação e, eventualmente, utilize essas informações para atuações fiscais”, disse o procurador geral.
Desde que foi acusado do recebimento de propina, o presidente nacional do DEM passou a falar “fino” no Congresso e parou de dar lição de moral, diariamente, à humanidade.