O governo do Peru declarou, nesta quarta-feira (14), estado de emergência por 30 dias pra tentar conter as ondas de protestos violentos que acontecem desde semana passada após uma tentativa de golpe do ex-presidente Pedro Castillo, que ocasionou em sua destituição do cargo.
“Ficou acordado declarar estado de emergência para todo o país, devido ao vandalismo e à violência, à tomada de estradas e vias (…), que estão sendo controlados pela Polícia Nacional e pelas Forças Armadas”, anunciou o ministro da Defesa, Alberto Otárola.
Durante esses dias, serão suspensos na província de Apurimac os direitos constitucionais relacionados à “inviolabilidade do domicílio, liberdade de trânsito pelo território nacional, liberdade de reunião e liberdade e segurança pessoais”, de acordo com o segundo artigo da Constituição peruana.
O governo também avalia a possibilidade de declarar um toque de recolher.
Após a prisão de Castillo, manifestantes estão indo às ruas pedindo a volta do ex-líder e exigindo eleições gerais imediatas. A atual presidente do país, Dina Boluarte, afirmou que vai apresentar um projeto de lei ao Parlamento para antecipar as eleições para abril de 2024.