Talvez aos Políticos Partidos! Partidos ora literalmente ao meio, partidos de outras agremiações que não lhes interessam mais, enfim, políticos que se aproveitam da ocasião para mudar a própria plumagem. Uma coisa é certa! Os Partidos Políticos a quem menos servem é ao povo. Esse sacrificado que os sustentam.
Fundo partidário, tempo de rádio e de TV, contribuições de filiados, tudo são modalidades de locupletação financeira dos partidos. Recentemente, descobriram coisas muito mais “cabeludas”. Partidos Políticos recebendo doações espúrias que julgavam ganhar legalidade ao declararem à Justiça Eleitoral.
O pluripartidarismo traz embutido na prática de uma dita democracia, uma série de acordos estapafúrdios através de coligações e de outros acordos que beiram a indecência e quase sempre desprovidos de moralidade. Todos têm estatutos lindos, programas fenomenais, códigos de ética que beiram a perfeição, mas é o papel que tolera tudo e os dirigentes partidários que põem tudo a perder.
De hoje já se fala em coalizão para a eleição de 2016 e logo após ela a de 2018. E a própria legislação engessa o cidadão ao determinar que todos os candidatos têm que vir apresentados pelos partidos políticos. Eu sou exemplo vivo de negação de legenda em 2006, quando o PCdoB resolveu lançar apenas um único candidato para Deputado Federal em Pernambuco e a obrigação de todos seria votar nele. É o que eles apelidam de “centralização-democrática”. Ou seja, cumpra-se a vontade da cúpula!
Dos partidos pelos quais passei ele foi o mais totalitário. Quando penso que haver sido filiado a cinco partidos políticos (PMDB, PDT, PCdoB, PPS, PSOL) ditos de oposição e hoje encontrar-me no SOLIDARIEDADE / 77, teria sido muito, acho que foi muito pouco, pelo menos diante daqueles que às vezes não sei nem sequer o próprio nome ou o seu número.
É uma balbúrdia na cabeça do homem comum brasileiro. Uma danação de siglas. Dezenas a perder vista. Cobra engolindo cobra e ao final quase todas desaparecem. Os eleitores bem intencionados esperam que, pelo menos, cada partido político cumpra com o seu dever de disputar a eleição e não venha a servir, apenas, de “balcão de negócios”, de “trampolim”, de “sigla com preço tabelado” ou coisa que o valha.
Dos 35 Partidos Políticos registrados, talvez uns três ou quatro sejam partidos de verdade, o restante são o “faz de conta” que sempre se alternam na mudança de casaca de serem ora situação e ora oposição.
*Severino Melo – smelo2006@gmail.com – fone 999727818.