As eleições locais de 2016, a saber, de Prefeitos e Vereadores, decerto marcará indelevelmente o processo. Será a eleição mais exótica de todos os tempos. A crise conseguirá dar “nomes aos bois” e “colocará os pingos nos íis”. Será a eleição da calça de veludo ou das nádegas de fora. Até que um dia a “socialização será feita pela miséria” e os gastos serão cortados até à míngua.
Os partidos já se movimentam em busca dos “bancadores”. Já traem desde já os seus compromissos de base. Afinal de contas, a farra do dinheiro público desaparecerá não por vontade própria mas pela conjuntura de contenção de então. O dinheiro que se permitia retirar do erário, seja através das ‘pedaladas’, seja através dos apoios a serem pagos a ‘posteriori’, já não podem sair tão fácil, até mesmo por exiguidade de recursos.
Custa crer que o povo continue a se vender por um preço tão módico. Afinal, ele está pagando agora o desatino da última eleição geral. Já chegou-se à conclusão que, pior do que não ter “o bolsa família” em dia, é ter o emprego formal na “bancarrota”. O voto dessa vez migrará não para o discurso das quimeras, mas sim, para aquele que melhor se parecer com a realidade, ainda que dura, mas de enfrentamento e solução a curto e médio prazo.
Enfim, pela primeira vez, os políticos temerão ao povo e não o povo aos políticos!
*Severino Melo – smelo2006@gmail.com – fone 999727818.