Artigo – Mercado Financeiro: próxima semana será do céu ou inferno? – por Pedro Neves*

Mário Flávio - 25.10.2018 às 08:57h

Evidente a preferência dos agentes e instituições que compõe o mercado financeiro em eleger Jair Bolsonaro (PSL). A lógica é fácil de entender, dado todas as declarações e propostas de governo, o candidato petista, Fernando Haddad, representa 99,9% de chances de levar a um colapso das contas públicas.

Do outro lado, Bolsonaro seria uma alternativa com 50% de chances de implementar uma política econômica sustentável. Percentual esse ancorado no economista Paulo Guedes.

Seguindo as pesquisas de intenção de voto com significativa vantagem para o candidato do PSL, o entendimento no mercado financeiro é de que o próximo governo dará continuidade as reformas do atual governo Temer.

Caso fique claro que a época do desequilíbrio fiscal foi embora, haverá um novo patamar no câmbio, inflação e retorno da atividade econômica. Entre setembro e outubro o dólar apresentou queda, em partes por fatores externos, mas também influenciado pela corrida eleitoral – o que é um bom ‘termômetro’.

Muitos gestores de capital estimam que com o governo Bolsonaro eleito e o andamento das reformas da previdência e tributária, o dólar pode ficar entre R$ 2,00 a R$ 3,00 em 2019. Esse cenário seria o mais otimista, evidenciando a tendência de normalização do câmbio.

Um cenário inverso pode acontecer caso o resultado na urna seja diferente do que as pesquisas sugerem. Na hipótese do Fernando Haddad (PT) vencer, a semana iniciaria em caos no mercado, com os petistas ressurgindo com o problema que eles mesmo criaram.

*Pedro Neves é economista