O mundo está conectado via internet, algo presente em todas as atividades da nossa vida, cidadãos que somos do século XXI. Segundo os dados da Secom, órgão da Presidência da República, 48% dos brasileiros, ou 102 milhões de pessoas, tem acesso a algum meio de comunicação virtual. Os usuários ficam uma média de 5 horas por dia conectados, o que perfaz 150 horas por mês. 92% dos internautas utilizam as 3 principais redes sociais, respectivamente: Facebook (83%) Whatsapp (58%) e Youtube (17%). Nesse panorama, proponho uma reflexão sobre o uso dessa múltipla ferramenta de comunicação. A cada dia, torna se necessária a ocupação destes múltiplos espaços, com conteúdos que se proponham a desenvolver nossa cultura e educação.
Aqui em Caruaru, temos iniciativas merecedoras dos nossos aplausos, como o grupo Caruaru Arcaico, presente no Facebook e que disponibiliza extraordinário acervo fotográfico da nossa cidade. Como educadores, pesquisadores, acadêmicos, historiadores e amantes da cultura, podemos nos fortalecer não apenas consultando, mas também compartilhando esses conteúdos, imagens e textos. As redes sociais estão tendo um desvio significativo do propósito de informar, empreender e desenvolver. Com algumas exceções, se tornaram páginas escancaradas de agendas pessoais, postagens sem conteúdos, fotos bizarras ou emolduradas pelo mau gosto, orações e mandingas de todos os tipos, agressões políticas, religiosas, desportivas….enfim, um conteúdo que desvirtua completamente a proposta e força desse veículo, de alcance mundial.
As múltiplas plataformas digitais, tem o poder de impulsionar as informações como nenhum outro veículo fez até uma década atrás, portanto, sugere também o uso da nossa razão em relação aquilo que postamos, lemos e compartilhamos. Como agendas abertas, nossos conteúdos estão expostos em nossas páginas virtuais, permitindo aos observadores mais atentos, a possibilidade de traçar o nosso perfil pessoal, social e profissional. Multi facetada, gratuita, colorida, sonorizada, a internet e suas redes sociais contam apenas com o bom senso, o bom gosto dos seus usuários e nosso arbítrio para o uso que dela fazemos. Que a educação, a cultura, os valores morais, a solidariedade e outros bons valores, possam ocupar diariamente novas páginas, e que a soma dos conteúdos que expomos ou compartilhamos possam favorecer o avanço de cada pessoa, cada dia mais navegadores que somos nas águas do oceano digital.
*José Urbano é Acadêmico