Hoje terei a honra e alegria da convivência com o bravo e talentoso elenco da Companhia Feira de Teatro Popular. Há dois anos (19/10/2013) saíamos da Fundação cedinho daquele sábado triste, para acompanharmos a comovente despedida de Vital Santos. O grupo fez na segunda, 21 daquele ano, no Teatro João Lyra Filho (23º FETEAG), uma homenagem apresentando “Auto das Sete Luas de Barro” num momento memorável.
Um dos momentos mais emocionantes foi a homenagem prestada pelos componentes da Companhia, ao lado de amigos e autoridades da cultura e da política, cantando juntos várias canções de alguns espetáculos de Vital, entre elas “Acalanto para Vitalino”, contextualizada em “Acalanto para Vital”, como que pedindo “Para acordar esse homem que dorme feito menino”, em lágrimas todos cantaram “Dorme menino que teu sonho é acordar / Mundo é tão pequenino / não tem onde te guardar…”
Compareceram para prestar a última homenagem personalidades do campo político e cultural do estado, como o ex-presidente da Fundação de Cultura de Caruaru, José Pereira, Josué Euzébio, Cajá, Galiana Brasil, Roberto Veloso, Braga Sá, Joacy de Castro, Claudionor Germano, Gilberto Lyra, Samuel Santos, Rui Rosal, Fátima Aguiar, Pedro Arão, João (da Condil), entre outros.
Embora não estando presente o deputado Federal Wolney Queiroz e família, a deputada estadual Raquel Lyra e família, o prefeito José Queiroz o vice Jorge Gomes e suas respectivas famílias enviaram coroas de flores.
Inclusive o prefeito José Queiroz, representado por Wellington (ex-vereador), comunicou a decisão do executivo em homenagear Vital com a praça “Jardim Cultural Vital Santos”, a ser construída possivelmente no acesso à Fundação de Cultura e Turismo.
Às 12h e 30 min, no Parque das Flores, em Tejipió, o corpo do dramaturgo Vital Santos era sepultado. Vital partia pouco tempo depois de Carlos Fernandes.
SANTA ISABEL – Na viagem de hoje a recordação e lágrimas serão inevitáveis.
Às 19h30, no Teatro Santa Isabel, celebrando os 100 anos da Arte Figurativa do Barro do Alto do Moura atitude idealizada pela deputada estadual Raquel Lyra, e apoiada através de emenda parlamentar. Vital criou em 1979: texto, direção, iluminação e cenografia, com músicas de Jadilsom Lourenço. Espetáculo que traz na bagagem prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCE), além de receber Prêmios como Molière, MAMBEMBE, MEC.
Além de familiares de Vital e de Alcimar. Do segmento artístico, personalidades políticas e funcionários públicos e pacientes do Hospital do Câncer estarão na platéia.
Em tempo, modifiquei de propósito a frase atribuída ao personagem dos quadrinhos Super Homem, “Ao alto e avante”, mas não poderia deixar de concluir reconhecendo que os companheiros e companheiras do elenco, e os demais guerreiros e guerreiras que vivem da arte, são verdadeiros heróis que superam com muita garra, dedicação e profissionalismo as adversidades da vida, inclusive o incansável Sebastião Alves.
E que o Pai da arte nos conceda uma viagem de ida e volta agradável e segura. À noite, certamente nos espera cheia de emoção, bons encontros e boas recordações. Mas o espetáculo sempre traz à mente a denúncia e a indagação de pouco ou nada mudou daquela época para os dias atuais.
