Artigo – Público e de qualidade? – por Alefe Rodrigues*

Mário Flávio - 12.12.2018 às 07:32h

Milton Friedman já dizia: “Não existe almoço grátis!”. Por mais que um governo diga que algo é gratuito, ele simplesmente não é.

Para se fazer qualquer coisa, por mínima que seja, existem despesas. Ou seja, quando algo é anunciado como ‘gratuito’ pelo estado, você pode até não pagar no momento que vai usufruir do serviço, mas você já pagou através de tributos (e no caso brasileiro, altos tributos).

E o pior: pagou para tê-lo, e quando tem em mãos o produto ou serviço é com uma péssima qualidade. O estado, pelo fato de, em muitas áreas, prestar um serviço ‘gratuito’, acaba gerando ‘encarecimento’ daqueles que atuam como empresas privadas.

Nesse post trataremos dos serviços bancários em especial. No Brasil existem várias entidades bancárias: Banco do Brasil (BB), Caixa econômica Federal, Itaú, Santander, Bradesco e outros bancos menos expressivos.

Os dois primeiros citados são bancos que possuem de alguma forma administração estatal, o BB possui uma gestão privada/pública (sendo maior a privada) e a Caixa sendo inteiramente administrada pelo Estado.

Para abrir e manter uma conta, por exemplo, em ambos os bancos, não se paga uma taxa mensal por esta conta (Conta Poupança e Conta Fácil, respectivamente), sendo que o Banco do Brasil nesta Conta Fácil permite que ela progrida para uma conta corrente.

Os concorrentes privados possuem uma taxa mensal para o uso da conta, que varia de R$20,00 a R$30,00.

Ora, é fato que significativa parcela da população brasileira detém uma conta na Caixa pela ‘facilidade’ que ela proporciona sobretudo para financiamentos de imóveis e automóveis.

Porém, não existe serviço público e de qualidade. As estruturas e atendimentos no BB e Caixa (ainda mais) deixam muito a desejar, o que torna esse “gratuito” muito mais caro. Temos que relatar que as instituições privadas não são mil maravilhas, mas apresentam estruturas bem mais confortáveis e serviços tanto mais ágeis e com atendimento melhor.

Essa realidade comprova a ineficiência dos serviços públicos, em especial dos serviços bancários. Talvez se o Estado não se metesse nessa área, as pessoas optariam pelas agências privadas, e com o grande número de pessoas nesse setor a concorrência faria seu papel de baratear os serviços.

Não implica dizer que TODO serviço público não presta, mas quando comparados aos que as instituições privadas oferecem deixam a desejar.

Mudando de área, partimos para a educação superior. As Universidades em todo Brasil vivem uma realidade oposta disso, por exemplo. As Universidades Federais (UF) em grande parte do país possuem destaque sobre as universidades particulares, salvas as exceções da Mackenzie, Puc e Unicap em seus estados. E mesmo assim, por mais qualidade de ensino que tenha, os alunos que a compõem sofrem muito com greves e protestos dentro das UF.

*Alefe Rodrigues é estudante é membro do Caruaru Livre