Brasileiras enxergam menos oportunidades para empreenderem e continuarem no mercado de trabalho em comparação a homens

Mário Flávio - 15.03.2023 às 06:15h

Neste Mês da Mulher, período histórico dedicado à conscientização da sociedade sobre a luta feminina em prol de direitos fundamentais, uma pesquisa sobre Equidade de Gênero realizada pela Avon Global entre os dias 14 e 17 de fevereiro deste ano — em oito países, incluindo o Brasil — revela como as brasileiras percebem a desigualdade entre homens e mulheres, especialmente em relação ao mercado de trabalho e ao empreendedorismo.

De acordo com 9 em cada 10 entrevistadas do país para o estudo, estereótipos, geralmente favoráveis aos homens, são uma barreira para a igualdade de oportunidades para a população feminina. Elas também apontam que a disparidade está presente, principalmente, na falta de flexibilidade para conciliar trabalho, maternidade e responsabilidades domésticas (63%), discrepância salarial (61%), possibilidades de emprego (39%) e habilidades para começar seu próprio negócio (34%).

“Ter presença feminina no cerne do negócio faz com que a Avon promova iniciativas como esse estudo, que indica que as brasileiras percebem, em suas vidas, como desigualdade entre gêneros impacta fortemente o desenvolvimento socioeconômico do país e do mundo”, afirma Daniel Silveira, presidente da Avon no Brasil. “Estamos completando 65 anos de atuação local e o resultado dessa pesquisa vem para reforçar que seguimos no caminho certo, incentivando e proporcionando condições favoráveis para o empreendedorismo feminino, que é onde mais de 1 milhão de brasileiras têm gerado renda a partir da venda por relacionamento, e oferecendo flexibilidade para mulheres equilibrarem suas demandas pessoais e profissionais”, completa o executivo.

Além de um panorama recente sobre a percepção das mulheres sobre equidade de gênero, a pesquisa é um convite a mais debates e escuta ativa da população feminina sobre suas percepções e principais necessidades. “É uma provocação para que outros agentes corporativos, assim como a Avon, assumam sua responsabilidade social de contribuir com a transformação da realidade das mulheres. Dessa maneira, será possível reduzir barreiras que enfrentam no alcance de independência financeira e apoiá-las para que possam viver de forma plena, livre e justa”, ressalta Silveira.

“A desvantagem no âmbito profissional impacta diretamente no acesso a outros direitos da população feminina. Para além do sustento, a autonomia financeira oferece mais possibilidades de escolha em todas as áreas de suas vidas, podendo contribuir para reduzir, inclusive, as chances de ficarem reféns de situações que violem direitos fundamentais, como saúde e segurança — principal foco de trabalho do Instituto Avon, braço social da marca no Brasil”, afirma Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon. No ano em que a Avon comemora 65 anos, o Instituto Avon celebra 20 anos de existência e atuação em prol dos direitos das mulheres nas causas da atenção ao câncer de mama e do enfrentamento às violências contra meninas e mulheres. Desde 2003, já investiu mais de R$ 180 milhões em mais de 400 projetos, impactando positivamente mais de 5 milhões de brasileiras e engajando mais de 120 empresas nas causas que atua.