Estamos no período eleitoral e a grande novidade desse ano é a cobertura das redes sociais. Os blogs aceleram as notícias e servem de termômetro para que facebook e twitter sejam usados pelas militâncias que abraçam as candidaturas. Nesse contexto o jornalista está inserido com o papel de levar informação e ajudar para que as pessoas formem a sua opinião.

Durante o pleito desse ano, candidatos e jornalistas vão estar frente a frente em vários momentos. Serão debates, entrevistas, sabatinas… Nesses encontros, temas relevantes serão abordados e muitas perguntas serão feitas. Algumas não irão agradar, mas ser massa de manobra não é nossa função.

Temos que indagar e muitas vezes essas perguntas que incomodam são as da população, que não têm acesso aos políticos e esperam pelos questionamentos dos repórteres para se sentirem representados. Nessa linha de raciocínio se encontram os bons e os maus assessores. Os bons, muitas vezes extrapolam o puxa-saquismo e enxergam nas indagações mais críticas a possibilidade de melhorar o desempenho do candidato.

Quanto aos maus… Esses vão representar figuras meramente ilustrativas e como lagartixas sempre irão achar que está tudo no caminho certo e que o político não comete nenhum deslize. Temos uma cidade que cresce junto com a região agreste mais que Pernambuco e Brasil. No entanto, a mesma região tem 48% da população abaixo da linha da pobreza e 20% em situação de indigência.

As respostas àquelas perguntas desagradáveis serão, em muitas vezes, para esses excluídos, que esperam por soluções imediatas e não têm tempo para esperar por promessas mirabolantes e planos de governo a longo prazo. Os três candidatos devem entender que a imprensa hoje não apenas informa, mas forma opinião.

Para os que leram, e ainda não entenderam, a frase de George Orwell serve síntese: “Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”. Como dizem os internautas #FicaaDica