Do  Estadão

Os líderes dos blocos partidários concluíram nesta sexta-feira, 22, as indicações dos 42 integrantes da comissão do impeachment do Senado. Entre os 21 titulares e 21 suplentes, conforme o Placar do Impeachment, publicado pelo Estado, a maioria deles já se declarou favorável ao impedimento da presidente Dilma Rousseff. Ao todo, 27 se disseram favoráveis, dez contrários, um indeciso, três não quiseram responder e há ainda um voto em aberto (veja relação abaixo).
Após a indicação dos nomes, porém, o senador José Maranhão (PMDB-PB) deixou a comissão e a quinta indicação do PMDB para a comissão ficou novamente vaga. Com a composição completa, o plenário do Senado se reunirá na segunda-feira, 25, para aprovar em votação a escolha dos indicados. Ato contínuo, pelo regimento, o senador mais velho do colegiado terá de convocar a primeira reunião da comissão para eleger o presidente e o vice.

O PMDB, maior bancada, indicou para a presidência o senador Raimundo Lira (PMDB-PB). O PSDB, que tem o segundo maior bloco partidário, apresentou o nome do tucano Antonio Anastasia (MG) para relatoria, mas o PT tem protestado contra a indicação dele, que considera parcial (já declarou voto a favor do impeachment), e ameaça recorrer à Justiça.

O bloco liderado pelo PT apresentou formalmente na manhã desta sexta ao Senado o nome dos integrantes: os petistas Gleisi Hoffmann (PR), Lindbergh Farias (RJ) e José Pimentel (CE) e o pedetista Telmário Mota (RR), como titulares; como suplentes, os filiados ao PT Humberto Costa (PE) e Fátima Bezerra (RN) e ao PDT Acir Gurgacz (RO) – a quarta vaga na suplência foi cedida a João Capiberibe (PSB-AP), que é de outro bloco partidário.

Também formalizou sua indicação o bloco formado pelo PSB, PPS, Rede e PCdoB. Foram indicados como titulares os socialistas Fernando Bezerra Coelho (PE) e Romário (RJ) e a comunista Vanessa Grazziotin (AM) e, como suplentes, Roberto Rocha (PSB-MA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Cristovam Buarque (PPS-DF).

Mudança de votos. Dois dos quatro vice-líderes do governo no Senado, Hélio José (PMDB-DF) e Wellington Fagundes (PR-MT), anunciaram nesta sexta que vão votar a favor do afastamento da presidente Dilma Rousseff. Em manifestações feitas no plenário da Casa, os dois – que são integrantes da comissão especial que analisará o caso e constavam como indecisos no Placar do Impeachment, publicado pelo Estado – passaram a defender o voto contra a permanência da petista.

Comissão Especial do Impeachment no Senado

Presidente: Raimundo Lira (PMDB-PB) – indeciso

Relator: Antonio Anastasia (PSDB-MG) – a favor

Bloco da Maioria (PMDB)

Rose de Freitas (PMDB-ES) – a favor

Simone Tebet (PMDB-MS) – a favor

Waldemir Moka (PMDB-MS) – a favor

Dário Berger (PMDB-SC) – a favor

Raimundo Lira (PMDB-PB) – indeciso

Oposição (PSDB-DEM-PV)

Antonio Anastasia (PSDB-MG) – a favor

Aloysio Nunes (PSDB-SP) – a favor

Cassio Cunha Lima (PSDB-PB) – a favor

Ronaldo Caiado (DEM-GO) – a favor

Bloco Moderador (PR, PTB, PSC, PRB e PTC)

Wellington Fagundes (PR-MT) – a favor

Zeze Perrella (PTB-MG) – a favor

Apoio ao Governo (PT-PDT)

Lindbergh Farias (PT-RJ) – contra

Gleisi Hoffmann (PT-R) – contra

José Pimentel (PT-CE) – contra

Telmário Mota (PDT-RR) – contra

Socialismo e Democracia (PSB, PPS, PCdoB e Rede)

Romário (PSB-RJ) – a favor

Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) – a favor

Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) – contra

Democracia Progressista (PP-PSD)
Ana Amélia (PP-RS) – a favor

José Medeiros (PSD-MT) – a favor

Gladson Cameli (PP-AC) – a favor