Coutinho diz que Dilma cometeu estelionato eleitoral 

Mário Flávio - 18.03.2015 às 10:20h



Em pronunciamento feito na tarde desta terça-feira (17), no Grande Expediente da Câmara dos Deputados, Augusto Coutinho (SD-PE), disse que a presidente Dilma é a “imagem do desgoverno e da fragilidade”. “Criticada por setores do seu partido, isolada politicamente e sem conseguir restabelecer uma conexão viável com esta Casa e com o Congresso Nacional, a presidente, em apenas três meses do seu segundo mandato, encontra-se desnorteada e enfraquecida”, disparou o parlamentar pernambucano, que ainda ressaltou que o governo petista nunca conheceu índices tão baixos de popularidade desde junho de 2013.  “A presidente Dilma cometeu um estelionato eleitoral”, afirmou Coutinho. 

Segundo ele, sobretudo quando a petista afirmou com todas as letras que não cortaria benefícios trabalhistas e sociais, quando ela falou: “nem que a vaca tussa”. “Mas a metáfora bovina foi para o brejo. A presidente enviou para o Congresso Nacional uma Medida Provisória que mete a mão no seguro-desemprego, no abono salarial, na pensão por morte e no auxílio-doença. O fato é que estamos assistindo a uma derrocada econômica perigosa, com inflação em alta, dólar disparado e demissões que começam a ameaçar o maior legado dos anos Lula, as taxas baixas de desemprego”, disse.

Augusto Coutinho lembrou que os aumentos de combustíveis, energia e impostos, além de cortes profundos no orçamento da educação, em programas sociais como o Pronatec e até na maior marca do governo, o Minha Casa, Minha Vida, integram um pacote de maldades que “os estrategistas do planalto tentam salvar a prematuramente combalida segunda gestão da presidente Dilma”.  

“O governo precisa fazer sua parte. Como explicar os 39 Ministérios, criados em sua maioria, para dividir entre os partidos aliados e aparelhar seus companheiros com cargos comissionados? Essa gastança desenfreada e irresponsável vem sendo denunciada há tempos pela oposição. Se a economia hoje passa por sua pior crise em muito tempo, tudo deve ser debitado na conta da presidente. Foi ela quem preferiu insistir em políticas equivocadas com forte viés populista e eleitoral. Foi ela quem definiu as regras que abriram rombos no orçamento. Foi ela quem não conseguiu, apesar da fama de super gerente, gerenciar seu próprio governo e perceber que o caminho para o abismo estava traçado desde a gestão do seu mentor, o ex-presidente Lula”.