Deputado do PSB crítica organização de circuito literário; Bolsonarista defende governo Raquel

Mário Flávio - 29.05.2024 às 05:59h

O Clipe, Circuito Literário de Pernambuco, provocou divergências na Reunião Plenária desta terça. O deputado Waldemar Borges, do PSB, condenou o fato de a Andelivros, Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livros, ter sido contratada pelo Governo do Estado por meio de dispensa de licitação. Ele destacou que a contratação, no valor de 4 milhões e 500 mil reais, fez com que a Comissão de Educação da Alepe acionasse o Tribunal de Contas do Estado.

O parlamentar acredita, inclusive, que esse foi o motivo para a antecipação do início da última etapa do Clipe, de quinta para terça-feira. Borges ainda lamentou a decisão do Governo Raquel Lyra de obrigar o uso integral do Bônus Livro exclusivamente no Circuito. O benefício de mil reais é destinado à compra de livros pelos professores estaduais.

O deputado Renato Antunes, do PL, explicou que a contratação da Andelivros é legítima e se baseia em lei federal que permite a uma entidade privada realizar projetos com temas como literatura e arte, por exemplo. Ele acrescentou que outras gestões já procederam da mesma forma e não foram questionadas. Sobre a escolha da data, disse que o foco foi aumentar a participação da comunidade escolar, já que junho é um mês que antecede as férias.

Com relação ao Bônus Livro, frisou que o Governo do Estado estaria atendendo a lei estadual que prevê a utilização do benefício nesse tipo de evento.“Tem que ser pago de uma só vez. E a lei também deixa claro onde deve ser comprado. Não pode o professor ir em qualquer editora comprar o livro não. Na lei diz, tem que ser comprado em feiras promovidas, quer seja com a participação da Cepe, que é editora oficial do Estado de Pernambuco, ou uma organização da sociedade civil.”

A terceira etapa do Clipe está sendo realizada no Parque de Exposições do Cordeiro, no Recife, até o dia 3 de junho.