Do Blog de Inaldo Sampaio
Mais pelos erros da oposição e menos por seus próprios méritos, a presidente Dilma Rousseff chega ao final desta segunda semana de agosto menos pressionada que no final do mês de julho. É certo que sua base política no Congresso ainda se encontra fragmentada, como reconhece o ex-presidente Lula. Mas também não é menos verdade que sua reaproximação política com o presidente do Senado, Renan Calheiros, tirou-lhe da pressão em que se encontrava.
Renan assumiu o protagonismo do processo ao alinhavar a “Agenda Brasil”, somatório de 28 projetos que tramitam no Senado, os quais se forem aprovados poderiam ajudar a tirar o país da crise. E ao decidir com os senadores da base governista rejeitar qualquer projeto oriundo da Câmara que implique aumento do gasto público. Esse movimento de Renan ofuscou a agenda do PSDB, que começou defendendo o “impeachment”, depois novas eleições, e agora não sabe o que defender.