A presidente Dilma Rousseff mal concluiu a reforma ministerial e já surgem as especulações no Congresso e no próprio governo sobre a próxima mexida geral que ocorrerá na Esplanada dos Ministérios para tapar os buracos que serão deixados por conta das eleições de 2014. O Palácio do Planalto trabalha com uma lista de, no mínimo, dez ministros-candidatos, que sairão em abril do próximo ano para concorrer a governador, senador ou deputado federal. Esse número poderá chegar a 14, obrigando a presidente a uma grande reformulação no primeiro escalão.
Nos bastidores do governo já se fala num arranjo semelhante ao adotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: seriam indicados secretários-executivos e técnicos para concluir o mandato ao lado de Dilma, que estará, ela própria, em plena campanha à reeleição. Esse esquema enfrenta resistências, pois alguns ministros têm papel eminentemente político, caso por exemplo da Secretaria de Relações Institucionais, cuja missão é fazer a ponte entre o Planalto e o Congresso.