Muita gente ainda não entendeu os motivos da decisão de João Lyra em são subir no palanque do prefeito Zé Queiroz, que vai em busca da reeleição. Mas para entender o imbróglio, é necessário voltar a eleição de 2010. Na época, três candidatos da Frente Popular foram lançados para deputado estadual: Rogério Meneses (PT), Raquel Lyra (PSB) e Laura Gomes (PSB). Todos fecharam apoio para Wolney Queiroz para federal e ele obteve mais de 60 mil votos na Capital do Agreste.
No entanto, informações levadas a João, afirmavam que existia por parte do Palácio Jaime Nejaym, certa preferência para a candidatura de Laura Gomes, devido a proximidade do marido dela e vice-prefeito de Caruaru, Jorge Gomes. O prefeito Zé Queiroz nega que tal assertiva seja verdadeira. Ele garante que foi a 51 encontros de Raquel e pouco mais de 30 de Laura, dedicando apenas alguns a Rogério Meneses (foi aí também que começou esse outro afastamento).
O chefe do Executivo Municipal garante que não houve privilégio, já que a maioria da bancada na Câmara fechou com Raquel e parte do secretariado também. O vice-governador nunca falou publicamente sobre esse assunto, mas pessoas próximas a ele, sempre se queixaram muito do tratamento dado a Raquel durante a campanha.
A eleição passou e as duas lideranças não se entenderam mais. Chegaram a fazer algumas viagens juntos, mas o vice alega que não é recebido por Queiroz faz três anos e que as críticas dele são devido a gestão. Faz algum tempo que os secretários ligados a João Lyra, tentam reaproximar as lideranças, sem sucesso.
Os recados enviados pelo prefeito e pelo deputado federal, Wolney Queiroz, via imprensa, só irritaram a João. Por várias vezes, os dois disseram que a conversa iria acontecer, mas nunca houve o tal contato. Diante de todos esses problemas houve o rompimento, que deve ser concretizado a partir da eleição de 2014, quando haverá eleição para deputado e provavelmente João Lyra pode estar no comando do governo de Pernambuco, já que Eduardo Campos deve tentar outros voos na política local.