Distância entre Zé e João começou na eleição de 2010

Mário Flávio - 05.07.2012 às 08:30h

Muita gente ainda não entendeu os motivos da decisão de João Lyra em são subir no palanque do prefeito Zé Queiroz, que vai em busca da reeleição. Mas para entender o imbróglio, é necessário voltar a eleição de 2010. Na época, três candidatos da Frente Popular foram lançados para deputado estadual: Rogério Meneses (PT), Raquel Lyra (PSB) e Laura Gomes (PSB). Todos fecharam apoio para Wolney Queiroz para federal e ele obteve mais de 60 mil votos na Capital do Agreste.

No entanto, informações levadas a João, afirmavam que existia por parte do Palácio Jaime Nejaym, certa preferência para a candidatura de Laura Gomes, devido a proximidade do marido dela e vice-prefeito de Caruaru, Jorge Gomes. O prefeito Zé Queiroz nega que tal assertiva seja verdadeira. Ele garante que foi a 51 encontros de Raquel e pouco mais de 30 de Laura, dedicando apenas alguns a Rogério Meneses (foi aí também que começou esse outro afastamento).

O chefe do Executivo Municipal garante que não houve privilégio, já que a maioria da bancada na Câmara fechou com Raquel e parte do secretariado também. O vice-governador nunca falou publicamente sobre esse assunto, mas pessoas próximas a ele, sempre se queixaram muito do tratamento dado a Raquel durante a campanha.

A eleição passou e as duas lideranças não se entenderam mais. Chegaram a fazer algumas viagens juntos, mas o vice alega que não é recebido por Queiroz faz três anos e que as críticas dele são devido a gestão. Faz algum tempo que os secretários ligados a João Lyra, tentam reaproximar as lideranças, sem sucesso.

Os recados enviados pelo prefeito e pelo deputado federal, Wolney Queiroz, via imprensa, só irritaram a João. Por várias vezes, os dois disseram que a conversa iria acontecer, mas nunca houve o tal contato. Diante de todos esses problemas houve o rompimento, que deve ser concretizado a partir da eleição de 2014, quando haverá eleição para deputado e provavelmente João Lyra pode estar no comando do governo de Pernambuco, já que Eduardo Campos deve tentar outros voos na política local.