Reportagem: Ana Rebeca Passos
Cerca de 80 operários da obra de ampliação da Universidade Federal de Pernambuco, Campus Caruaru, estão paralisados e de braços cruzados desde as 5 horas da manhã de hoje (15). Os trabalhadores denunciam o descaso da empresa responsável com os funcionários. Várias denúncias foram feitas ao sindicato da categoria e uma equipe do órgão foi ao local para verificar as reclamações. Após assembleia realizada no canteiro de obras entre sindicato da construção civil e operários, ficou definida a greve por tempo indeterminado.
De acordo com informações repassadas a nossa equipe, a construtora não tem cumprido com os deveres legais, como por exemplo, fornecer fardamento suficiente e itens de segurança como bota, capacete e cinto de segurança. Eles reclamam ainda da qualidade da comida que é servida e das péssimas condições de trabalho, além da falta de higienização dos banheiros. O presidente do Sintracon, José Henrique Casteliano, comentou a situação: “Eu acho que a empresa é irresponsável. Se a firma não cumpre o prometido, ela está sendo injusta com o trabalhador. Já entramos em negociação com e ela nada resolveu”, afirmou o presidente.
Ainda de acordo com o sindicalista, com a greve dos operários, a empresa terá que pagar multa a Universidade pelo atraso na obra, e consequentemente, não será cumprido o prazo de entrega da ampliação. “Nós paramos para que a empresa corrija seus erros, que são muitos. Os trabalhadores estão insatisfeitos com as condições de trabalho. Vai prejudicar a firma, porque ela terá que pagar multa a faculdade e não será possível entregar a obra no prazo certo”, disse José Henrique.
A empresa responsável pela obra (Construtora Kaisen) pediu prazo de uma semana para regularizar situação. A obra teve início a oito meses.