Após mais uma morte de um bebê na Casa de Saúde Bom Jesus, o governo municipal resolveu agir e criou a Comissão da Política Municipal de Atenção Obstétrica Neonatal. De acordo com a secretária de saúde, Aparecida Souza, a meta é criar a excelência no atendimento para que as gestantes possam ter tranquilidade na hora de usar a maternidade municipal. A humanização de todo o serviço é apontada pelo secretária, desde o atendimento na portaria até a saída da gestante da maternidade.
“As informações preliminares estão sendo feitas. Não existe ainda nenhuma relação que os óbitos têm relação entre si. A morte de ontem mesmo, já saiu o laudo do SVO e mostrou que a causa da morte foi por má formação congênita. O que a gente quer mostrar é que as pessoas precisam ter tranquilidade, a Casa de Saúde tem um serviço de qualidade e quando terminar a apuração, iremos dizer quais os motivos desses óbitos. Vamos tomar os encaminhamentos corretos, mas queria reforçar que não existe relação dos óbitos”, pontuou Aparecida Souza.
Sobre a ausência de entidades da sociedade civil na Comissão, a secretária explicou que está previsto no decreto assinado pelo prefeito Zé Queiroz, a possibilidade de convidar os órgãos de controle social. “Temos um inciso no decreto que prevê o convite de entidades de controle social para que possam participar do Comitê. Isso foi discutido no momento da criação do decreto. Podemos convidar especialistas, entidades públicas e privadas, para que possamos chegar a excelência da humanização, uma situação que infelizmente não se consegue por meio de decreto, pois se fosse assim, a situação já estaria resolvida”, disse.
PLANTÃO – Atualmente os plantões estão cobertos com duas enfermeiras, dois médicos obstetras e dois médicos neonatologistas, mas, após as ocorrências, decidiu-se aumentar a quantidade de enfermeiras obstetras, que fazem o acolhimento com classificação de risco e têm a responsabilidade de receber as gestantes quando elas dão entrada no hospital.
A Secretaria de Saúde também vai disponibilizar uma casa de acolhimento, localizada em uma rua próxima da maternidade, para que as gestantes da zona rural ou da periferia possam permanecer, acompanhadas por uma equipe multidisciplinar.