A ex-defensora pública Maria Paula Cavalcanti Siqueira Campos, de 62 anos, foi capturada nesta quinta-feira (5), no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, após quase uma década foragida. Condenada por mandar matar o próprio marido, ela passou esses anos escondida da Justiça — e seu aspecto atual surpreende, com visual discreto, aparência envelhecida, e longe da imagem imponente que exibia nos anos 90.
O crime aconteceu em 20 de setembro de 1999, em Caruaru (Agresquando seu então marido, Mário Celso Cavalcanti, então com 50 anos, chegava em casa com a esposa e o filho de 12 anos. Ele era advogado, empresário no ramo imobiliário e havia sido secretário de Transportes em Caruaru  . Maria Paula permitiu que o carro estacionasse, desceu antes do marido e, momentos depois, ele foi atingido por três disparos praticados por pistoleiro — um crime premeditado encomendado por ela .
O tribunal de Caruaru condenou Maria Paula a 28 anos e 6 meses de prisão, além de afastá-la da Defensoria Pública . O motivo apontado na sentença envolvia disputa por bens, incluindo um terreno e herança — um plano frio e calculado, revelado pelas investigações que rastrearam suas ligações após o assassinato .
Agora, aos 62 anos e longe da aura de autoridade que um dia representou, Maria Paula foi encontrada vivendo sozinha no Recife, com aparência bastante alterada. A Polícia Civil a prendeu sem resistência, cumprindo o mandado definitivo.
Era uma defensora da justiça; hoje é ré condenada cumprindo pena. A transformação física dela — envelhecida, discreta — simboliza não apenas os anos de fuga, mas o peso de toda uma trajetória que começou com respeito, seguiu por um homicídio brutal, e chega ao fim após quase 26 anos.
