Imagem do G1 Caruaru e Região

Em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (1º) a Polícia Civil confirmou que o advogado André Ambrósio Ribeiro Pessoa, de 46 anos, foi assassinado a mando da ex-esposa e ex-cunhado. O crime aconteceu em julho em Caruaru e chocou a população pela frieza do assassino. Durante a operação hoje, o homem que atirou no advogado e a ex-mulher foram presos. 

De acordo com o delegado Rodolfo Bacelar, três homens foram contratados pelos irmãos para matar o advogado. “A motivação que levou ao assassinato do advogado foi financeira. Ele era sócio do ex-cunhado e da ex-esposa e isso levou a morte dele. Sobre possíveis irregularidades em empresas que a vítima era sócia dos mandantes, uma investigação vai apurar isso”, disse o delegado. Ela também não aceitava o fim do relacionamento.

Ele explicou ainda como foi planejado o crime. “Em virtude da separação e de possíveis prejuízos que ela tinha, a vítima, que tinha um temperamento forte, passou a fazer ameaças de delatar possíveis irregularidades nas empresas que os três eram sócios. A ex-esposa estava em depressão e a partir dessas ameaças, ambos se anteciparam e contrataram um pistoleiro e ele com outros comparsas executaram a vítima em Caruaru”, disse.

Ainda de acordo com o delegado, os mandantes deixaram Caruaru no dia do crime para evitar suspeitas. “Os mandantes tentaram criar álibi para se afastar da cena do crime. A Isadora, por exemplo, na semana que a vítima foi executada viajou para fora do estado. O Isaac decidiu ficar no Recife, mas o tempo todo monitorou pelo celular os movimentos da vítima. Mas após a execução, ele não falou mais sobre a preocupação com a sobrinha, que era o argumento”, informou.

O delegado ainda disse o motivo que a criança e pessoa que viram o crime foram poupadas. “A maneira que o crime foi executado teve a intenção de poupar a vida da criança e da prima da mãe da menina, que presenciou o crime. Justamente por serem parentes dos mandantes não foram assassinadas”, disse.

O delegado disse ainda que os mandantes foram indiciados e denunciados pelo Ministério Público. Em relação aos três executores foram indiciados por homicídio, emboscada e organização criminosa. Os dois estão foragidos.