Ex-ministro Anderson Torres chama minuta de golpe de “texto folclórico”, “loucura” e “lixo”

Lucas Medeiros - 16.03.2023 às 15:55h

Do Metrópoles

(Imagem: MJSP)

Durante o depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira (16/3), o ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, afirmou que a minuta do golpe, encontrada em sua casa, é “um texto folclórico”. Ele também classificou o documento como “lixo” e “loucura”. A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo advogado de defesa Rodrigo Roca.

Na oitiva desta quinta, Torres manteve a versão do depoimento apresentado à Polícia Federal, em 2 de fevereiro, de que desconhece a origem do documento. Na manifestação anterior, ele disse à PF que uma empregada pode ter colocado a “minuta do golpe” em uma estante “ao arrumar a casa” e que ela foi entregue em seu gabinete no Ministério da Justiça, mas afirmou desconhecer quem a produziu.

À época da tentativa de golpe, Torres chefiava a SSP-DF, mas estava nos Estados Unidos de férias. Após os atos de vandalismo, acabou exonerado do cargo.

A oitiva foi realizada por videoconferência. Torres está preso desde 14 de janeiro no Batalhão de Aviação Operacional (Bavop), da Polícia Militar do Distrito Federal, no Guará 2, sob suspeita de omissão nos atos terroristas de 8 de janeiro.

Na condição de testemunha no caso, Torres respondeu a todas as perguntas feitas. Entre elas, sobre uma minuta de golpe encontrada na casa dele, a reunião com os embaixadores e acerca da atuação como ministro de Bolsonaro.

O resultado desta ação pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível.