O 45º desfile do Galo da Madrugada, no dia 10 de fevereiro de 2024, irá homenagear o consagrado “rei da música brega” Reginaldo Rossi.
O cantor recifense, que morreu em dezembro de 2013, terá sua vida e obra homenageadas tanto nas alegorias quanto nos cerca de 30 trios elétricos que irão compor o espetáculo do Sábado de Zé Pereira, sob o tema “Reginaldo Rossi no Reinado do Frevo”.
“Reginaldo é um verdadeiro ícone, que não apenas ajudou a popularizar e consagrar o ritmo do brega em todo o Brasil como, também, sempre buscou cantar as belezas e as riquezas do nosso Recife, sua terra natal. É, de fato, um verdadeiro rei que merece todas as homenagens, também, do frevo, majestade do carnaval pernambucano”, afirma Rômulo Meneses, presidente do Galo, que promete “batizar” cada trio elétrico com o nome de uma música de Rossi.
Roberto Rossi, filho de Reginaldo, disse que, se estivesse vivo, o rei do brega seria só gratidão pelo reconhecimento e homenagem vindos do maior bloco do mundo. “Meu pai era fã da nossa cultura, da diversidade cultural de Pernambuco. E ele bebeu muito dela, fã de Gonzaga, dos bregas contemporâneos a ele e dos que surgiram muito por sua influência. Não é à toa que papai foi declarado Patrono do Brega e a data do seu aniversário, 14 de fevereiro – tradicional mês do carnaval – , virou o Dia da Música Brega no Recife.”
O Galo pretende tornar mais forte o intercâmbio cultural que já tem promovido nos últimos anos, unindo, na homenagem a Rossi, artistas do cenário musical do brega e do frevo.
“Já provamos, por muitas vezes, que é possível, sim, misturar diferentes ritmos e expressões numa só festa, além do que essa é uma das grandes marcas e peculiaridades do carnaval pernambucano, a multiculturalidade. Um exemplo disso é a iniciativa do Maestro Forró, quando inclui a música ‘Tô Doidão’, de Reginaldo Rossi, no seu repertório de carnaval”, disse Rômulo.
O bloco promete mostrar um Reginaldo Rossi plural, tal como foram suas obras e vida artística. Das “dores de cotovelo” ao amor e às relações humanas com força e intensidade únicas. “Queremos trazer, para o desfile, toda a referência do brega através da mistura de cores e de toda uma estética que represente tanto a alegria, quanto, claro, alguns dos maiores sucessos eternizados por ele”, frisou Sandro Nóbrega, cenógrafo responsável pelas alegorias do Galo.
Clássicos como “A Raposa e as Uvas” e “Garçon” são alguns dos hits que têm tudo para serem lembrados no desfile, de acordo com Sandro, que também trabalhou por duas décadas e meia como empresário do “rei”.
Outra referência que também deve estar presente no espetáculo é a paixão e a reverência que Rossi sempre fazia ao Recife, sua terra natal. “Ele, que tanto divulgou a sua terra, que tanto amou o Recife e que a chamava de ‘a minha cidade, o meu lugar’. Aqui, é onde ele sempre se sentiu em casa”, lembra Roberto.
“Ele amava o Nordeste, sobretudo, o Recife. Em todo lugar do Brasil e do mundo em que fazia shows, sempre exaltava a capital pernambucana. Por isso, é imprescindível que também exploremos características marcantes da nossa cidade, como as pontes e os casarios, em alguma das alegorias, mas, por enquanto, ainda é surpresa”, contou Sandro.
