O Governo de Pernambuco anunciou um amplo projeto de restauro do Ginásio Pernambucano, escola mais antiga do Brasil ainda em funcionamento, que completará 200 anos em 2025. Localizado na histórica Rua da Aurora, no Recife, o colégio passará por uma intervenção orçada em aproximadamente R$ 7 milhões, com obras previstas para começar no segundo semestre deste ano.
Durante visita à unidade, o secretário estadual de Educação, Gilson Monteiro, apresentou o projeto a estudantes e professores, destacando que a iniciativa será construída com diálogo com a comunidade escolar. “Estamos falando de um projeto que contempla desde a restauração, com a devida autorização do Iphan, até a reforma estrutural, manutenção e climatização. Isso mostra que o Governo do Estado está presente, ouvindo e dialogando com quem vive a escola no dia a dia”, afirmou.
A governadora Raquel Lyra destacou o simbolismo da obra. “O zelo pelo patrimônio histórico pernambucano é uma das marcas da nossa gestão. O Ginásio Pernambucano faz parte da nossa história, formou incontáveis personalidades e, com esse investimento, será respeitado e celebrado por outras centenas de anos”, disse. A vice-governadora Priscila Krause reforçou o compromisso com a educação pública de qualidade: “Esse investimento vai melhorar as condições de ensino e aprendizagem e reforça o programa Juntos Pela Educação”.
O projeto será executado em três etapas. A primeira contempla a recuperação de esquadrias, telhado, fachadas, pisos, forros, cantarias e implantação de um novo sistema de prevenção a incêndio. A segunda fase será voltada à acessibilidade, adaptando todos os espaços para pessoas com deficiência. Por fim, a terceira etapa prevê a climatização total das salas de aula. A expectativa é de que todas as intervenções sejam concluídas em até um ano e meio, sem interrupção das aulas.
A presidente da Fundarpe, Renata Borba, destacou o valor arquitetônico do edifício: “O Ginásio preserva elementos do século 19 e integra o Conjunto Urbano da Rua da Aurora, sendo um importante testemunho da arquitetura brasileira”.
Além das salas de aula, serão reformados o salão nobre, o refeitório, a cozinha, as áreas de lazer e o museu da escola, que guarda mais de 350 peças, entre animais empalhados e objetos arqueológicos. O secretário executivo de Obras da SEE, Roberto Filho, lembrou que o restauro manterá a arquitetura original, mas com foco na funcionalidade: “A proposta é respeitar o passado, preparando a escola para o futuro”.
