Guedes responde a Mercadante e diz que economia não está quebrada

Jorge Brandão - 12.12.2022 às 09:55h
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Do Poder360

O Ministério da Economia disse em nota publicada nesse domingo (11) que a dívida pública subiu nos governos anteriores mesmo sem pandemia de covid-19 e guerra, como a entre Rússia e Ucrânia. A equipe econômica respondeu a declarações de que houve má gestão durante a administração de Jair Bolsonaro (PL).

A pasta comandada por Paulo Guedes se manifestou a respeito do que considera “declarações infundadas” sobre a situação das contas públicas do governo federal. O ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador técnico da equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou na terça-feira (6) que o país está “quebrado”.

Segundo o ministério, a DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral) deve terminar 2022 em 74% do PIB (Produto Interno Bruto). O patamar é menor do que quando Bolsonaro assumiu o governo –estava em 75,3% do PIB. Além disso, a pasta também afirma que as contas do governo terão superavit de R$ 23,4 bilhões neste ano, o 1º saldo positivo desde 2013.

“Será o 1º governo que encerra o mandato com endividamento em queda”, declara a equipe econômica. “Demais países emergentes e desenvolvidos têm projeções de crescimento de dívida entre 10,6 pontos e 8,5 pontos percentuais, respectivamente, em comparação com as taxas observadas antes da pandemia [de covid-19]”, completa.

De acordo com o Ministério da Economia, os “governos anteriores” ao do presidente Bolsonaro ampliaram a relação dívida-PIB em quase 20 pontos percentuais do PIB “sem enfrentar pandemias ou guerras”. Sem citar o PT, a pasta diz que, apesar desse aumento nas gestões passadas, os recursos não resultaram em “efetiva melhora na qualidade de vida da população”.

A nota afirma que pelo segundo ano seguido, Estados e municípios registrarão saldo positivo nas contas. O texto também destaca que os superavits foram possíveis graças às medidas de suporte aos entes federativos durante a pandemia e as ações de política econômica que resultaram em recuperação da atividade econômica.