Um dia após a decisão de extinguir a feira do troca houve a reação dos historiadores da cidade, que se posicionaram contra a decisão da prefeitura de Caruaru. O primeiro a se posicionar contra foi Walmiré Dimeron, que já teve a ideia manifestada aqui no blog. Consultados os professores Arnaldo Dantas e José Urbano, também se posicionaram contrários a mudança.
Para José Urbano a situação expõe a falta de capacidade em gerenciar a feira. “A meu ver mostra o descompromisso da administração em disciplinar o referido espaço. Ali era um espaço que mantinha a característica cultural de feiras na forma mais primitiva, por meio da troca de objetos de pouco valor. Nas grandes cidades ganhou o nome de Brechó, aqui em Caruaru ficou meio favelizado e agora a prefeitura resolve extinguir de vez. Dessa forma mata uma tradição secular da nossa cultural social”, disse.
O professor Arnaldo Dantas questionou a falta de diálogo com a sociedade. “É uma decisão equivocada. Acabar com a feira que deu origem a maior representação cultural de Caruaru, sem falar que mais uma vez a sociedade não foi ouvida. Esse governo tem um discurso de participação social, mas as decisões são tomadas de forma unilateral”, disparou.