Líder do MST defende invasão de terras de “políticos corruptos”

Mário Flávio - 26.07.2017 às 07:07h

Por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais, o dirigente nacional do MST, João Pedro Stédile, convocou militantes de todo o país para uma jornada de denúncia contra o governo Temer, o agronegócio e as fazendas compradas com dinheiro oriundo da corrupção.

Segundo ele, “em cada Estado do nosso Brasil há políticos que têm duas, três e até 62 fazendas, como esse Eunício de Oliveira (PMDB-CE) tem só no Estado de Goiás. É contra essa situação que nós temos que nos insurgir”, disse o líder ruralista.

Por orientação dele, foram ocupadas nesta terça-feira as fazendas do ministro Blairo Maggi (Agricultura) no Mato Grosso, a do presidente Michel Temer (em nome de Coronel Lima) em Duartina (SP) e a do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em Barra Mansa (RJ).

“Está todo mundo assistindo essa tragédia do governo golpista que tomou de assalto o poder político e quer acabar com a reforma agrária. Fecharam o MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), transformaram Incra num balcão de negócios do Partido Solidariedade, não há mais nenhuma política pública, e ainda vieram com duas mudanças na lei. A primeira, quer privatizar os lotes e forçar nossa turma a vender uma terra conquistada com suor, lágrimas e muito sangue. E agora querem vender as terras dos próprios fazendeiros para o capital estrangeiro”, afirma Stédile no vídeo divulgado.

“Nós, do MST, com toda nossa tradição de luta, de 30 anos de estrada, não podemos nos acovardar diante de um governo corrupto, golpista, com data de validade já vencida. Por isso, a direção nacional do MST convoca todos os militantes para no dia 25 de julho, em homenagem ao Dia do Trabalhador Rural, fazermos uma grande jornada nacional e chacoalharmos esse país, denunciarmos esse governo, denunciarmos o agronegócio, denunciarmos as fazendas que esses políticos corruptos compraram”, afirmou.