Livro que conta história de Zé Clementino será lançado hoje em Caruaru

Mário Flávio - 16.11.2013 às 07:38h

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Será lançado na tarde de hoje em Caruaru o livro Zé Clementino: O “matuto” que devolveu o trono ao Rei, de autoria do jornalista e professor Jurani O. Clementino. A ação ocorre Encontro dos Luiz-gonzagueanos, a partir de 14h. A obra já foi lançada no dia 16 de agosto no Café e Poesia do Museu Assis Chateaubriand (MAC/UEPB) e contou com uma apresentação da obra e do autor, feita pelo coordenador de Arte e Cultura do Centro Artístico-Cultural da UEPB, Sérgio Simplício.

O livro também foi lançado na cidade de Várzea Alegre (CE). A solenidade de lançamento ocorreu no dia 24 de durante a programação da festa do padroeiro São Raimundo. No mês de outubro (25/10), a obra foi encontrada na Feira Literária de Boqueirão/PB – Flibo; em novembro (04/11) e na V Semana de Publicidade e propaganda do Centro de Educação Superior Reinaldo Ramos (CESREI), em Campina Grande. Já no mês de dezembro estão previstos lançamentos em São Bernardo do Campo/SP (01/12) e EXU-PE (13/12).

A obra é resultado da grande admiração do autor, Jurani O. Clementino pelo primo distante, o compositor Zé Clementino. Autor de grandes sucessos interpretados por Luiz Gonzaga, Zé Clementino pode ser considerado como um sensível cronista da vida do Nordeste. Compôs clássicos como “Xote dos cabeludos”, “Sou do banco”, “Capim novo” e “O jumento é nosso irmão”. A imaginação criativa do poeta produziu versos matutos que retratavam o dia a dia do homem nordestino.

“Mesmo não mantendo um contato permanente com ele, acompanhava-o de longe. E sempre que surgia uma oportunidade, comentava sobre a existência desse primo compositor que havia selado uma parceria com Luiz Gonzaga”, explicou. De acordo com Jurani, “Xote dos cabeludos” uma das músicas mais famosas interpretadas pelo Rei do Baião, é uma bem humorada crítica à estética hippie que conquistava a juventude de todo o mundo.

“No verão de 1968, tornou-se uma das músicas mais executadas do país, trazendo o rei de volta a mídia e despertando o interesse de novas gerações pelo riquíssimo acervo musical do artista. Já O jumento é nosso irmão faz referência ao padre Antonio Vieira, não o dos Sermões, mas o homônimo do interior cearense, escritor nascido em Várzea Alegre, que denunciou o descaso a esses animais em seu livro O Jumento, Nosso Irmão, de 1964”, explanou.

O livro é mais uma publicação saída através do Selo Latus, criado em maio do ano passado pela Editora da Universidade Estadual da Paraíba (EDUEPB), com o propósito de publicar produções artísticas e culturais, além de uma gama de produtos de cunho mais literário, a exemplo de crônicas e poesias, romances e cordéis, entre outros. “Agradeço muito a esse apoio da Editora, foi fundamental para a publicação”, ressaltou o autor.