No início das denúncias Jarbas e Armando Monteiro saíram em defesa de Demóstenes Torres

Mário Flávio - 06.04.2012 às 09:30h

Com informações do Congresso em Foco

Desde que estourou o caso de amizade entre o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlos Cachoeira, que o senador ficou cada vez mais isolado. Foi obrigado a pedir desfiliação do DEM para não ser expulso e hoje parece um leproso, ao caminhar isolado por Brasília. Mas nem sempre foi assim… Num primeiro momento, quando as denúncias começaram a ser publicadas, o senador que era tido como um exemplo de ética, fez um um duro discurso e 44 senadores o apartearam para se solidarizar com o então democrata. Nomes como Eduardo e Marta Suplicy, ambos do PT, Pedro Simón (PMDB) e dezenas de políticos de vários partidos, até do PSOL, sigla que hoje quer a todo custo cassar o mandado de Demóstenes.

Um mês depois, Demóstenes está sem partido e só. Esses mesmos senadores que o apoiaram agora convivem com o constrangimento e a decepção. Muitos se dizem traídos pelo colega após o desdobramento das investigações, que jogaram por terra a retórica desfilada naquele dia, quando o senador usou o aparato de comunicação do Senado para mentir que mantinha apenas relação de amizade com o contraventor.Entre os senadores que se solidarizaram dois pernambucanos: Jarbas Vasconcelos (PMDB) e Armando Monteiro (PTB). Veja o que disse que cada um.

Jarbas: “Levantei o microfone de aparte, porque, embora tivesse sido feito um entendimento para não se apartear, já que apartearam, eu não poderia ficar de fora. Vossa Excelência foi uma das coisas boas que conheci no Senado desde que aqui cheguei. […] pela sua correção, pela sua coragem cívica, pela sua determinação e pela sua grandeza. Vossa Excelência é uma pessoa com imensa grandeza.”

Armando Monteiro: “A proximidade do convívio me permitiu ser testemunha de sua atuação, do zelo e da seriedade no desempenho de seu mandato. […] Receba, portanto, o testemunho do meu apreço e a manifestação da minha confiança.”