O time da Jacuipense conseguiu de forma merecida se classificar para a próxima fase da Série D. Mesmo levando um vareio de bola no jogo de ida em Caruaru e jogando um péssimo primeiro tempo na partida de volta contra o Central em Riachão do Jacuípe, o Leão do Sisal fez um gol aos 48 minutos da primeira etapa, diminuindo a vantagem da patativa e encurralando o alvinegro na segunda etapa.
O que não fez em 135 minutos, conseguiu de sobre em 45 e levou a decisão para os pênaltis. O resultado todo mundo já sabe. O time baiano foi competente e fez os 5 gols nas cobranças, passando de fase. No entanto, não se pode deixar de fora desse post o que aconteceu fora dos gramados.
Já na chegada da equipe de Caruaru, a torcida organizada deu tapas e muitos gritos de ordem contra o Central, que chegara atrasado no estádio por um erro de planejamento do clube.
O jogo mal começou e o show de gandulas e maqueiros foi uma prova da bagunça que acontece em alguns jogos da Série D. Logo na primeira bola os gandulas partiram pra cima para intimidar a comissão técnica do Central. E o pior de tudo, o delegado da partida e o quarto árbitro vendo tudo e nada fazendo, a não ser um “migué” chamando atenção do pessoal.
Foi assim durante todo o jogo e quando um jogador da equipe de Caruaru precisou ser atendido, por pouco não foi jogado no chão pelos maqueiros.
O jogo foi para os pênaltis e os absurdos não pararam por aí. A partida estava 4 a 2 e o meia Paulinho Mossoró bateu o pênalti para o Central. A bola bate no ferro de dentro e sai, gol claro. No entanto, de longe os jogadores da Jacuipense acreditam que a bola não entra e teria ido na trave. Mas o bandeira percebe o erro do árbitro Carlos Eduardo Nunes Braga e válida o gol.
Quem corre para pressionar o bandeira Thiago Rosa de Oliveira? Os maqueiros… Isso mesmo, dentro de campo, numa área restrita. Ele pacientemente explica e os caras aceitam. Após o pênalti, Eldair converteu e houve a classificação da Jacuipense.
Após o jogo? Invasão de campo e quem vai provocar os jogadores do Central? Os maqueiros e gandulas, que nem os profissionais da imprensa de Caruaru respeitaram e a eles somaram-se a postura de diretores amadores do time baiano tentando nos intimidar o tempo todo. Tudo se acalmou com a chegada da Polícia Militar, que demorou, mas resolveu.
Tanta confusão e quase nada relatado na súmula da partida. Uma pena que um campeonato organizado pela CBF tenha tanta influência externa e fica a dica do aprendizado para os dirigentes do Central em campeonatos futuros.