Entrevista publicada no Jornal Vanguarda
Dando continuidade à série de entrevistas com os candidatos a vice-prefeito de Caruaru, esta semana VANGUARDA entrevista Diogo Cantarelli, que concorre na chapa de Miriam Lacerda (DEM). Ele fala sobre a Destra, o transporte alternativo, o Alto do Moura, o que pensa sobre a Feira da Sulanca, entre outros assuntos. Eis a entrevista:
Jornal VANGUARDA – Como o senhor avalia a implantação da Destra em Caruaru? Quais as melhorias que precisam ser feitas?
Diogo Cantarelli – A humanização em qualquer que seja a autarquia deve ser algo que deve estar em primeiro lugar. Mais uma vez na Destra, foi comprovada a falta de diálogo e de democratização da gestão. Os agentes sofreram e ainda sofrem muito por essa forma ditatorial que o atual prefeito exerce. Muitas vezes jogando a própria população contra eles. O diálogo, que será uma marca da nossa gestão, a partir de 2013, começará pela Destra.
JV – O senhor é a favor que o transporte alternativo seja tirado do Centro para que o fluxo de veículos seja mais dinâmico?
DC – Centro é lugar de pedestre. Isso é observado nas maiores metrópoles do mundo. Agora também não se pode tratar o assistido ao transporte alternativo de forma “vergonhosa” como vimos muitas vezes com essa gestão. Já temos em projeto uma grande repaginada do nosso Centro e, com isso, as consequências serão as melhorias, seja para qualquer categoria.
JV – Em um eventual governo de Miriam Lacerda, quais seriam as prioridades do turismo? Como preparar a cidade para a Copa do Mundo há menos de dois anos do evento?
DC – O debate da Copa é algo que deve ser prioridade e não está na pauta do Palácio Jaime Nejaim. Tem que ficar claro para a gestão que o evento ocorrerá a 120km da nossa cidade e, o mais importante, em período junino, época que nossa economia está pegando fogo. Temos que preparar os nossos taxistas e também mototaxistas, que para os turistas tornam-se um cartão de visita do local. Lutar junto ao Governo Estadual para uma repaginada no nosso Terminal Rodoviário é algo que também é foco. Diante disso, vamos transformar Caruaru no verdadeiro ‘point’ no Interior do Estado, para aqueles que querem curtir esse evento esportivo aqui nesta cidade.
JV – Em relação ao Alto do Moura, quais são suas principais propostas?
DC – Não tem como falar em Caruaru sem falar no Alto do Moura. Ali é um dos nossos maiores cartões-postais. O atual prefeito prometeu algo gigantesco, que acabou sem sair do papel. Agora, em época de eleição, tenta ludibriar os moradores daquela localidade. Vamos transformar de verdade o Alto do Moura numa grande maravilha para o povo caruaruense. Vamos inovar e fazer um projeto de reestruturação na cultura e na gastronomia sem igual.
JV – Como enfrentar uma eleição municipal contra um palanque tão forte e que reúne a presidente Dilma, o ex-presidente Lula e o governador Eduardo Campos, todos campeões de aprovação?
DC – Não existe palanque forte sem o povo. Quem vai governar Caruaru é o prefeito, não é o governador e nem a presidente. É até cômico se observamos que não existe nenhuma peça publicitária do atual gestor de Caruaru sozinho, sempre é com algum “pedestal”. Isso não é bom, mostra insegurança de pulso firme. A política atual não suporta mais boicote por lado partidário. Exemplo disso é a revolução em creches que o prefeito Júlio Lóssio está fazendo em Petrolina, algo que Caruaru precisa aprender, e Júlio é oposição aos governos Estadual e Federal. Outro ponto chave é lembrarmos a implementação do Samu em nossa cidade, quando o prefeito era Tony Gel, do então PFL, e o presidente Lula era do PT e o ministro da Saúde, Humberto Costa, também. Fomos o segundo município a obter esse programa.
JV – Como o senhor avalia a saída de João Lyra Neto do palanque do prefeito José Queiroz e como isso pode ser usado pela oposição?
DC – Antes de qualquer coisa, deve-se ficar claro que João Lyra Neto é um estadista. E poucos políticos obtém essa envergadura. É muito delicado quando o vice-governador em exercício, correligionário partidário da maior Prefeitura do Interior do Estado e filho natural desta terra, não consegue sequer uma conversa com o gestor. Não tem como olharmos as tentativas de avanços na saúde do Governo Estadual, sem lembrar que ali teve um dedo e um esforço tremendo de João. Esse sentimento que ele carrega é o mesmo que muitos da gestão também acham, mas, por medo de retaliação, não expressam. E outra, não precisa ir muito longe para comprovar a falta de pluralidade democrática do atual prefeito, dentro do próprio PDT. O atual presidente da Alepe, deputado Guilherme Uchôa, é prova disso e sempre o alfineta na imprensa.
JV – Qual a sua opinião em relação à Feira da Sulanca? O senhor acha que ela deve sair do Parque 18 de Maio? Por quê?
DC – Visitamos esta semana a Feira da Sulanca. Muitos trabalhadores exercem suas funções naquele local de forma humilhante, sem atenção, sem segurança, sem cuidado, sem benefício algum. A Feira da Sulanca para a Prefeitura de Caruaru virou apenas mais uma forma de arrecadação. Nessa gestão, ninguém se preocupa com horário de feira e muito menos com os feirantes. Nos primeiros seis meses de 2013, vamos concluir um estudo sócio-econômico que nos orientará sobre o futuro da mesma. Isso tudo com muito diálogo, do carroceiro ao dono de loja.