Para muitos sinônimo de sofrimento, para outros muitos também, sinônimo de alegria, vitória e batalha. Mas, sem dúvida alguma, o Central é sinônimo de Caruaru. Em 15 de Junho de 1919 nascia ele, na Sociedade Musical Comercial Caruaruense, nome de origem devido a Estrada Central de Ferro de Pernambuco, já intitulada pelos ingleses da Great Western, batizando a ferrovia que cortava Caruaru na direção do Sertão, uma sugestão do Seu Severino Bezerra.
Primeiro “Central Park”, depois “Pedro Victor de Albuquerque” e agora “Lacerdão”. Desses 101 anos de Central, o acompanho há 14. Das cores, o preto e o branco, o Professor José Florêncio Neto, o saudoso “Professor Machadinho”, inclusive ex-jogador, especifica bem na alusão as cores da Patativa, símbolo do Clube. Pássaro esse que se encontrava em boa quantidade no início dos treinos do clube, sempre observando os jogadores, através das árvores, há época.
Não se pode descartar ou esquecer uma história que já é mais do que centenária. Três hinos, o primeiro composto por Yêdo Silva, infelizmente sem registro, outro pelo próprio torcedor e jogador Professor Machadinho e um mais atual e mais usado composto pelo Mestre Israel Filho.
Muita coisa pra contar, ter chegado na Elite do Futebol Brasileiro, vitórias sobre grandes clubes do país. Até a Seleção da Nigéria já desembarcou no gramado da nossa Patativa. Somos o maior estádio particular do interior das regiões norte e nordeste do Brasil.
De modo contemporâneo 2018 com aquela semi-final emblemática, que envolveu nossa Cidade, depois a final, onde o Central, sim, foi o grande Campeão daquele Campeonato Pernambucano. Já em 2019 o nosso Centenário, o Clube ou a Instituição pode completar quantos anos forem possíveis, mas o Centenário é algo muito simbólico, e insubstituível em termos de data.
Em linhas gerais, difícil encontrar um recifense que torça pelo Central, ou um carioca, ou paulista que torça pelo Sport, Santa Cruz ou Náutico, então, se a gente não valorizar o que é nosso, quem irá valorizar?
O Central representa isso, a adversidade do nosso cotidiano, de sermos “obrigados” a mostrar e comprovar que somos capazes. E ele está ali, bem no coração da nossa Cidade, num lugar estratégico, que faz parte do cotidiano de boa parte dos caruaruenses.
Pense numa saudade dos domingos à tarde e das quartas à noite nas nossas arquibancadas, tendo raiva e alegria, esses são os ingredientes do nosso Centralzinho, se não for assim não é Central.
Como diz o Poeta: “Tuas Glórias e teu passado sempre presentes em nossos corações”. Tá mais do que na hora de valorizarmos o que é nosso, vamos?! Parabéns, Central de Caruaru! #AvantePatativa #CentralDeCaruaru #101Anos
*Raffiê Dellon é Administrador.