Opinião – A caminho do abismo – por Pedro Neves*

Mário Flávio - 28.06.2019 às 10:45h

Mais uma vez o resultado fiscal do país escancara o difícil problema de equilibrar as contas públicas do governo federal. O IPEA apresentou o resultado fiscal e as contas do governo fecham em maio com déficit primário. Isto significa que as despesas estão superando as receitas (impostos e contribuições).

Com uma meta fiscal que estabelecia que o déficit seja de até R$ 139 bilhões. O déficit primário em maio de 2019 já se encontra em R$ 14,740 bilhões. Uma piora em relação a maio de 2018 quando o déficit foi de R$ 11,027 bilhões.

Na previdência o déficit estimado pelo governo é de o INSS fechar o ano com R$ 218 bilhões negativos. o Déficit do INSS nos cinco primeiros meses deste ano chegam a R$ 80,016 bilhões.

Caminhamos para o sexto ano consecutivo de déficit nas contas públicas. Um problema que não tem outra solução senão aquela que tanto se menciona nos últimos meses. A reforma da previdência não é solucionadora de todos os problemas econômicas do país. Só a reforma não trará a retomada do crescimento e a geração de emprego. Contudo, é a partir da reforma da previdência que o problema fiscal, anteriormente mencionado, se estabilizará e partir desse equilíbrio que haverá potência fiscal para retomada do investimento público e consequentemente privado.

Em um cenário de inflação baixa, ambiente externo favorável, queda na taxa de juros, o equilíbrio fiscal é a pedra no sapato da retomada do crescimento.