Opinião – A Cidade que queremos – por Wilon Sobral*

Mário Flávio - 24.07.2012 às 10:18h

A Participação de todas as classes sociais é fundamental na minha concepção de administração municipal. Ela deve ser incorporada no dia-a-dia da gestão pública, não apenas como uma diretriz, mas também como marca e método de trabalho. Entretanto, as experiências em andamento de democratização da gestão pública têm mostrado que a mera criação dos espaços de participação, como conselhos e fóruns, não é suficiente para garantir que essa participação ocorra de fato.

É necessário capacitar os diversos atores da sociedade civil e do poder público para exercitar o controle social da gestão dos serviços implementados. Esse processo exige uma prática pedagógica da participação de todas as classes sociais que possibilite à população o efetivo exercício da democracia e da cidadania ativa no fortalecimento das esferas públicas e na construção de uma nova cultura política. Nos governos,federal, estadual e municipal as camadas populares precisam ter mais voz e vez.

Nossos representantes políticos precisam ter mais compromisso, incentivar e abrir canais efetivos de participação da comunidade na gestão. Ela contribui para desenvolver os valores de solidariedade, justiça, união, respeito ao outro, tolerância, humildade, esperança, abertura ao novo e disponibilidade à mudança como elementos de uma ética universal que deve estar na base
das ações de educação para a cidadania.

Entendo que há uma articulação entre essas ações e aquelas referentes à modernização administrativa e reforma do Estado. É importante que os governos se empenhe na constante melhoria da produtividade, buscando de forma participativa um novo modelo baseado em um
programa de Gestão participativa.Para isso, é muito importante iniciativas que tenham como objetivo agilizar e qualificar o atendimento, descentralizar os postos de informação, e disseminar o uso da Tecnologia da Informação e da internet como meio de interação com os munícipes.

Precisamos de administrações mais transparentes, mais eficiente e mais democrática, capaz de incorporar efetivamente a participação das pessoas, permitindo maior controle social sobre a prestação do serviço público e as ações realizadas.

*Wilon Sobral é membro do PT