Opinião – A metamorfose ambulante, a nova politica pernambucana e seus cenários – por Divanilson Galindo*

Mário Flávio - 02.05.2013 às 09:55h

No ano da copa do mundo a política de Pernambuco será totalmente diferente e iniciará o processo de metamorfose, este processo estará mas que identificado e intensificado, transformando 2014 como cenário da nova Política Brasileira e principalmente Pernambucana.

A Nova política que se iniciará neste processo de 2014 contemplará, alinhará e marcará territórios jamais vistos no cenário da política de Pernambuco. Não se pode outrora falar em construção de uma nova política, sem não olhar para o presente respeitando as alianças do passado, mas criando meios para oxigenar o futuro. Não acredito que a discussão da política pernambucana só se passe pela liderança do PSB e sim PDT, PTB,PT, PR e PCdoB. E nestes partidos existem personagens que deverão ser protagonistas da metamorfose da nova política de Pernambuco.

Porém, para onde irão marchar estes partidos que fazem parte da Frente Popular de Pernambuco. Sobre os presidenciáveis de 2014 é incontestável dizer que a presidenta Dilma (PT) vem em ascendência, por isso merece ser candidata a reeleição. O presidente do PSB, Eduardo Campos, que sonha com uma possível candidatura, cresce bastante no território do presidenciável. Campos fez um excelente trabalho no estado, mas não se pode esquecer, que esse sucesso é fruto do alinhamento político com os Governos Lula e Dilma, cujo o mesmo foi Ministro da Ciência e Tecnologia.

E se deseja de fato ser candidato a presidente do Brasil muita coisa irá mudar, seu partido deverá deixar a base e tentar aumentar seu balaio fora do governo. Em Pernambuco haverá a consequência do efeito dominó, no que resta das secretarias ligadas ao PT, que terá que provavelmente deixar os cargos em Pernambuco e de fato trilhar a aliança para lançar candidato a Governador ou apoiar um aliado da Presidenta Dilma.

Não está soando bem para Campos a história de dizer que é da base e criticá-la, ainda desconstruir o PT no estado, tendo recebido mais de 60 bilhões de investimentos do Governo federal. Isso não pega bem para quem quer ser candidato a presidente de um país, soa meio que jogo. Sobre o palanque em Pernambuco é inquestionável a pré-candidatura legitima do senador Armando Monteiro (PTB) para governador, cujo mesmo manteve-se aliado na frente, respeitou os espaços, deu gestos de aliança e alinhamento e não vem causando constrangimento ou rupturas perante a Frente Popular de Pernambuco.

Caso o PT tenha palanque em Pernambuco, terá que se manifestar numa eventual apoio a Armando ou possível candidatura em palanque próprio nomes como: João Paulo, Humberto e nos bastidores citam a ida de Fernando Bezerra Coelho para o PT, que se manifestará até junho sobre transferência. Na estratégia de viabilidade, o ideal seria alinhar ao forte nome de Armando um petista e a metamorfose da política em Pernambuco vai viabilizando cenários diversificados e imaginários.

Pois o cenário que apresentar Armando – Governador; João Paulo – Senador representará muito bem a Frente Popular ou até mesmo Armando para governador e o PDT indicando a vice e Fernando Bezerra indo para a disputa pelo senado (caso venha para o PT), faria o PSB enxergar que uma nova política estaria ressurgindo, mas vale lembrar que o PSB ainda não tem nomes para governador, não tem nome de expressão pois os nomes de Danilo e Alencar não chegam até Bezerros no aspecto de história política.

Nesse cenário existe uma possibilidade da saída do vice-governador João Lyra para o PSB e aí teria a prevalência de ser candidato, pois estaria exercendo o mandato e no cenário conhece bem o que foi feito nos últimos anos no governo. Porém nada ruim um enfrentamento de debates entre o João Lyra x Amando Monteiro e se caso não se conseguisse unidade do PTB no projeto nacional ao PT, o Partido dos Trabalhadores terá sim que ter palanque, quem é que não quer ser candidato a governador com Dilma e Lula no palanque? Ninguém poderá dizer que esse cenário não poderá acontecer.

E no segundo Turno terá muito abraço de tamanduá, leão, raposa, cobra e Águia. Sobre a questão do PSB não está na aliança do PT em 2014 não é a primeira vez que o PSB abandona ou tenta construir nova via. Ninguém se esqueça que Garotinho foi candidato a presidente derrotado em 2002 pelo o PSB, uma nova via afinal de contas só se constroi se houver “rupturas”.

O PSDB em Pernambuco vem com Daniel Coelho como proposta do novo, Sérgio Guerra uma raposa velha cansada e ferida não tem nome para correr o estado, mas não saberia se DEM, PMDB e MD, aliados históricos, entrariam nesta leva ou debandariam, pois os caciques deste partidos apoiam em Pernambuco Eduardo para Presidente, então a cartilha seria na reza de Eduardo?

O debate está aberto às militâncias bem afiadas. Para se construir um projeto de poder ou demarcar território é necessário ouvir, ter partidos bem alinhados e afinados, alicerçados e o mais importante, respeitar os gestos na política, mas muitas vezes “a mão que afaga é a mesma que apedreja”. Por isso, a metamorfose da Nova Política em Pernambuco pode gerar um novo olhar de futuro e de resultados.

Não basta ter um bom guia ou ser o governador com a caneta para ganhar eleição e sim, é necessário ter bons projetos e demonstrar como é que vai fazer mais ainda, pois palavras ditas com efeito populista podem somente serem lançadas ao vento, a cabeça do eleitor hoje é totalmente diferente. E aquele que se achar brilhante pode simplesmente ser mais um que passou pela a história e não soube construir alianças alicerçadas com responsabilidades na busca de uma unidade na luta, através de praticas visando o desenvolvimento não de acordos, ou mimos por cargos políticos e sim pelo o debate direto no campo das ideias voltado para o desenvolvimento humano e social de nosso Pernambuco e por que não dizer, do nosso BRASIL!

*Divanilson Galindo é ambientalista e militante do PT