Incrível como às vezes um pequeno problema consome energias de um governo, que à falta de tato para resolvê-lo permite que se transforme em grande. É o caso do presidente da Compesa, Roberto Tavares. Há duas poderosas forças agindo no governo estadual para tirá-lo do cargo, o prefeito Geraldo Júlio e o ex-chefe da Casa Civil, Antonio Figueira.
Mas nem o próprio Tavares nem o governador Paulo Câmara têm sabido lidar com o problema. O que compete ao presidente da Compesa realizar depois que o Palácio das Princesas começou a “fritá-lo?”. Pedir uma audiência ao governador a fim de fazer-lhe uma pergunta simples: “O senhor quer que eu fique ou que permaneça no cargo?” Se a resposta for positiva, faria imediatamente uma cobrança. “Então, governador, desautorize as versões de que a minha cabeça está a prêmio”.
Se porventura for negativa, perguntaria ao governador por que não optou pelo caminho mais simples, ou seja, chamar-lhe ao gabinete para pedir o cargo. Do jeito que as coisas vão, a dupla Geraldo-Figueira já se armou para colocar o ex-chefe de gabinete do Palácio, Renato Thiebaut, na presidência da estatal, o que chamuscaria a pele de todos. De Tavares, que passaria a impressão de apego desmedido ao cargo.
E do próprio governador que daria a ideia aos pernambucanos de que manda menos no governo que o prefeito do Recife e o chefe de sua assessoria especial.