Nos últimos dias temos assistido atos de arrogância e autoritarismo nas mais esferas de poder principalmente dos poderes executivo e judiciário.
Assumir a postura de liderança é antes de mais nada, uma escolha. Mas ela exige uma estupenda capacidade : a de se ter humildade e de humanização.
Isto é, saber que não se sabe de tudo, saber que não se sabe de todas as coisas e, especialmente saber que não se é o único a saber. Se há uma coisa que atrapalha qualquer processo de liderança é líder e liderado supor-se já sabedor, conhecedor e iluminado. Afinal de contas, há um antagonismo entre líder e arrogância.
Nessa pandemia temos andado em brasas, lutando pela sobrevivência, contra atos de arrogância, autoritarismo e ditatoriais de ambas gestões e esferas que controlam o poder. Por essas posturas ocorre o entrave de um planejamento de retomada das atividades econômicas e sociais, trazendo mais uma vez o sofrimento do humilde que precisa tanto de uma gestão humanizada para dialogar e ouvir os anseios populacionais.
Para finalizar, aquilo que vem do passado e precisa ser jogado fora, precisamos ver o que vai ser descartado, o que vai ser guardado, protegido. Quando se fala em futuro, é trazer uma prática humanizada inovadora, dialogada, sem arrogâncias e autoritarismo. Lembrem-se sempre empatia, alteridade, ressignificar e reinventar para caminhar em brasas e enfrentar tais atos.
*Mário Disnard é professor